O Rap de Rak fica latente no vocal de um rock pesado com efeitos eletrônicos, guitarra distorcida, bateria eletrônica e entonação hip-hop.

O destino de Rak era ser surfista. Há 10 anos competia no esporte, até que uma noite, em 2013, caiu em uma session de violão na casa de amigo e resolveu cantar. Foi o gatilho. Quatro anos depois aconteceu o disparo, quando foi gravar figuração em um clipe de Vitor Kley e seu caminho se cruzou com a Midas Music, por onde lança agora seu primeiro EP autoral, chamado “É Lei (Gavião de Fogo)”.

Muita água passou por baixo da prancha de Rak nessa trajetória. Ele mora e começou a cantar no Guarujá, litoral de São Paulo. Até que mudou para a capital e formou a primeira banda. As referências desde essa época estão explícitas no som que faz atualmente – altas doses de rap de RZO, Sabotage, 2Pac, SNJ misturado ao pop eclético de O Rappa, Charlie Brown Jr e Planet Hemp com o soul de Tim Maia.

Foi o que o levou primeiro à produtora Casa 1, onde o fundador, Leo, o recebeu, reconheceu o talento e colocou seu som para rodar no canal referência em Rap no YouTube, Rapbox. Em 2018, entrou no estúdio HitMachine e registrou um EP de 5 faixas, com o nome “Neural Escape” e produção de Marcelo “Mark” Rodrigues, que já trabalhou com Capital Inicial, Fresno, Recayd Mob, entre outros.

Até que Rak viu a senha em mensagem que Rick Bonadio, head do Midas, postou nas redes – de que procurava artista que tivesse a pegada, energia e fúria da mistura do rap com o rock. “Consegui mostrar meu som para ele, que curtiu e disse que tínhamos um caminho. Hoje é um prazer enorme estar trocando e somando experiências com esses gênios da música”, diz Rak. As três canções são parcerias de Rak com Rodrigo Koala e Digão Bessa.

“É Lei (Gavião de Fogo)”, o primeiro single, é inspirada na trajetória até chegar ao Midas. “É um grito de sentimento que fez sentido ao assinar com a gravadora. Fazer meu trabalho em uma das maiores gravadoras do Brasil deixa claro que a perseverança foi a culpada. Assim nasceu ‘É Lei’.”

O rap fica latente no vocal de um rock pesado com efeitos eletrônicos, guitarra distorcida, bateria eletrônica e entonação hip hop. Sonoridade que dá uma guinada na seguinte, “Prepara o Barco”, com jeitão de MPB raiz e que verga para um beat funk, R&B e hip hop gordo com guitarra limpa. Mérito de espectro sonoro cabe à dupla de produtores Renato Patriarca e Andherson Niko Miguez, que trouxe todo o colorido sob a direção artística de Rick Bonadio.

“Passarinho”, que fecha o disco, traz vocal com assinatura estampada de Rak e violão a acompanhar o hip hop cantado e refrão pop roqueiro. “(A música) Vem com minha identidade estampada. Tem muita gente como eu – somos os inquietos, questionadores da vida, e essa música expressa esse sentimento de dúvida e liberdade”, diz. “É surreal pensar que fui fazer figuração num clipe e nem imaginava que era do Midas”, completa. Surreal é pensar que essas coisas acontecem por acaso.

Confira o EP de Rak aqui, assista o clipe de “É Lei (Gavião de Fogo) e siga o artista nas redes sociais para não perder nenhuma novidade abaixo.

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