Rapper Hungria comenta sobre preconceito dentro do Rap após lançar EP acústico

Escrito por Vinicius Prado 27/08/2020 às 18:44

Foto: Divulgação

“Se a gente muda um pouco, faz uma participação com um gênero diferente, falam que não está fazendo mais rap”, afirmou Hungria.

O rapper Hungria acaba de lançar seu novo projeto “Cheiro Do Mato”, um EP acústico. Em isolamento em sua casa na cidade de São Sebastião, próximo a Brasília, Hungria que já fez parcerias com muitos sertanejos, resolveu gravar “no meio do mato”. Além disso, inseriu violino e gaita nas gravações em formato acústico.

“Sempre tive em meu coração a vontade de fazer algo acústico. Sou muito ligado ao rap, porém eu gosto da musicalidade do acústico, gosto da interação entre cada instrumento”, afirma o rapper em entrevista ao G1. Em outro trecho da entrevista, Hungria abordou a grande competição que existe dentro do Rap Nacional.

Em termos de números de streamings, seguidores e etc, Hungria talvez seja um dos maiores artistas do Rap Nacional. Porém, o rapper nunca caiu nas graças dos fãs mais tradicionais do Rap por inúmeros fatores. Hungria revelou sua visão sobre este tipo de “preconceito” que acontece na cena ao responder sobre como muitos artistas e fãs não verem o acústico como Rap.

“Na real, desde quando comecei minha carreira, sempre mergulhei muito cego, foi isso que me fez chegar onde cheguei até hoje. Se eu tivesse uma visão ampla desse mergulho, talvez eu não tivesse pulado nessas águas da música. Se eu tivesse a visão de tanto preconceito, de tanta crítica, eu não tinha ido.”, começou o artista de Brasilia.

“Existe esse preconceito dentro do próprio rap. Se a gente muda um pouco, faz uma participação com um gênero diferente, falam que não está fazendo mais rap. Só que eu sou a favor de fazer música, sou a favor de levar uma mensagem positiva, sou a favor de fazer as pessoas refletirem.” continuou.

O rapper finalizou revelando que não liga muito para as criticas ou para o hype. “E eu acho que a gente está atravessando um momento muito bacana, que o preconceito ainda é grande, porém muito menor que um tempo atrás. E quando fiz esse projeto aí, não foi ‘ah, vou fazer um projeto acústico agora porque quero me tornar mais popular nas rádios e nas televisões’. Nunca foi isso. Eu lancei esse projeto acústico porque sempre tive vontade de fazer, era algo que ecoava aqui dentro do meu coração.”

Recomendados para você

Sair da versão mobile