SD9, Febem, Cesrv, Fleezus e mais estrelam documentário da WeTransfer sobre cena do grime no Brasil

Trabalho foi feito durante interação de britânico com artistas brasileiros, principalmente Febem, Cesrv e Fleezus.

Falando sobre a jornada de grime, jungle e garage no Reino Unido, em uma entrevista de 2019 com a lendária Sweetie Irie disse: “O reggae é a árvore da qual todas essas cenas cresceram”. Mas ao longo dos últimos sete anos, isso também é verdade na cena musical brasileira, particularmente no baile funk. Em seu documentário, “COMO VOCÊ”, o escritor Jesse Bernard explora veias profundas de semelhança dos dois países como musical, social e política.

“COMO VOCÊ” provavelmente não existiria. Era novembro de 2016, e ele estava visitando o Brasil pela terceira vez. O Rio de Janeiro estava no fio da navalha. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas daquele ano, para as quais as comunidades foram devastadas para dar lugar ao fluxo de turismo, não cumpriram suas promessas; e havia temores crescentes de que o conservador Jair Bolsonaro fosse eleito. A pobreza era generalizada.

foto brime

Em uma noite ele foi numa festa no centro do Rio onde estava tocando sons pesados ​​do Reino Unido, particularmente grime, garage, dubstep e drill. Era uma festa Wobble, a primeira foi organizada em 2011 pelo produtor Gustavo Elsas. Gustavo e Jesse se encontraram novamente anos depois, em 2019. Ele estava visitando Londres com Febem, Cesrv e Fleezus, um trio de artistas de São Paulo que viria a lançar um EP chamado “BRIME!” – um dos primeiros do Brasil projetos focados no grime – no ano seguinte. Mas em 2016, não havia uma verdadeira cena de grime no Brasil, apenas um profundo amor e apreço pela música que festas como o Wobble vinham cultivando há anos.

O Grime viralizou no Brasil apenas em 2018, graças a plataformas como o “Brasil Grime Show” no Rio, que apresentou MCs como SD9, Fleezus, Febem, e o próprio DJ e produtor da plataforma, Diniboy. Mas em todo o país, em São Paulo, os DJs há muito tempo tocavam grime na expansiva e extensa cena musical underground da cidade.

Para os jovens e pobres do Brasil, a sujeira oferecia uma saída. Era algo para chamar de seu enquanto eles tentavam reivindicar o mundo. Afinal, se o Rio foi dividido e dividido durante as Olimpíadas, por que eles não poderiam reivindicar seu pedaço da cidade?

Confira o documentário abaixo:

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