Depois Do Blackout: Sua caminhada na sua letra

Escrito por Fellipe Santos 18/06/2018 às 12:00

Foto: Divulgação

O rap também é um meio de se contar histórias, seja apontando algo ruim ou uma vida luxuosa, muito pode ser transmitido. Artistas que vieram da periferia, com histórias trágicas e visões de quem vive a margem da sociedade, conseguem transmitir um ponto de vista novo e que faz refletir sobre o mundo ao nosso redor. Outros aparecem sem tanto conflito nas letras, contam o que veem nas drogas e no sexo, as aventuras noite adentro e motivam uma vida de exibições.

Todo mundo tem uma visão, mas todo mundo deveria rimar sobre? 21 savage fala sobre como vivia sem dinheiro e dormindo no chão, 2 Chainz canta sobre a vida difícil com a mãe e a venda de drogas pra sobreviver outros se limitam aos carros que usam e o efeito que as drogas fazem na mente. Cada um com uma vivencia colocada em seus versos. Para a massa, o mais padrão vende, o mais engraçado e gastável, nem sempre aquele que conta o que vê da vida vai lucrar tanto quanto o que fala do sexo que faz.

O interessante é quando isso se junta, em “1985” de J.Cole, ele da conselhos aos rappers novos, esses que fazem rap para roupas e jogam dinheiro pro alto sem pensar no futuro. Conta que já experienciou disso e usa o que viveu como lição para aqueles que não contam muito em seus raps. Djonga, Sant e BK já são exemplos de histórias contadas por dentro dos versos, quem entende, entende.

No final das contas temos um rap diverso, composto por pessoas com histórias pra contar e pessoas que ainda estão criando suas histórias. Tem muito jovem que joga sabedoria nas palavras e muito calejado no rap fazendo 4 minutos sobre as correntes que usou ontem. O que importa é estão marcando a história a arte, deixando seu legado, contando sua historia ou não.

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