‘Still Over It’ coloca Walker em um nível de elite de artistas de R&B

Summer Walker se superou aos olhos do público, tanto por meio de seus excelentes projetos ‘Last Day of Summer’ e ‘Over It’ quanto por seu relacionamento tumultuado com o produtor de Atlanta, London On Da Track. Ao fazer isso, ela se abriu para julgamentos e especulações sobre todos os aspectos de sua vida: sua gravidez, o rompimento com London e sua subsequente saúde mental.

Em ‘Still Over It’, Walker combate narrativas sobre ela, utilizando o maior atrativo de sua arte – sua vulnerabilidade. Ela exibe uma habilidade inata de contar histórias, marcada com detalhes crus sobre as complexidades de suas emoções. Recusando-se a se conter, Walker cobre o projeto em um drama pessoal, navegando em um ato de equilíbrio entre o atraente e a liberdade.

O drama confessional de Walker é o mais recente em uma linha de grandes álbuns de R&B fomentados por turbulências emocionais, seguindo nomes como ‘Lemonade’ de Beyoncé e ‘Back to Black’ de Amy Winehouse; Ela habilmente tece detalhes comoventes da queda de seu relacionamento em cada faixa, apoiando-os com grandes momentos vocais.

Há um vilão claro na história de Walker. A presença de London se agiganta, tanto na forma de créditos de produção quanto no conteúdo lírico, ao longo de todo o projeto. É mais proposital, considerando que ela o reprova por causa de suas próprias batidas, um nível de catarse que poucos poderiam esperar alcançar. Ela não tem medo de censurá-lo por seus fracassos, traçando uma linha direta entre sua tristeza e suas dúvidas como parceiro.

Sobre as faixas destaque do disco. Em “No Love”, ela se junta a SZA para lamentar a perda de tempo em casos fracassados ​​de intimidade emocional, prometendo se envolver apenas em relacionamentos sem compromisso no futuro. A produção descolada, repleta de baixos suficientes para fornecer um contraste às vozes das duas cantoras, concede à dupla espaço para exibir toda a gama de seus talentos vocais.

Em “Unloyal”, Walker e Ari Lennox exibem o auge de seus poderes emocionantes. A batida sensual é alimentada por elementos de blues e um solo de saxofone poderoso, fazendo com que a faixa pareça pertencer a um bar de jazz decadente e cheio de fumaça de cigarro.

O poder de Walker está em suas composições, que atuam como um canal para sua dor e raiva. ‘Still Over It’ coloca Walker em um nível de elite de artistas de R&B que são capazes de equilibrar vinganças pessoais e execução artística. Ela não faz rodeios, chamando a atenção por sua capacidade de integrar seu drama em faixas por meio de uma bela narrativa.

Escute ‘Still Over It’ abaixo: