A Comissão de Combate ao Racismo da Câmara de Vereadores pediu identificação e punição dos responsáveis pelos atos racistas.
Autora do vídeo com o flagrante de racismo de duas pessoas brancas imitando macacos na roda de samba “Pede Tereza” na Praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro, a jornalista Jackeline Oliveira levou para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) a informação de que a mulher seria uma argentina de Buenos Aires, que veio à capital fluminense para participar do Forúm Latino-americano de Educação Musical.
O homem, por sua vez, seria carioca. Jackeline compareceu ao Decradi na última segunda-feira (22) acompanhada de Wanderso Luna, idealizador do evento, da vereadora Monica Cunha, presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara Municipal e de uma advogada.
O grupo formalizou a denúncia e pediu a identificação e punição dos responsáveis pelos atos racistas. Através de comunicado por meio das redes sociais, o Fórum confirmou que um dos envolvidos participou da realização, mas que não é associada ao Fladem Brasil, além de não ter ligação com nenhuma atividade pedogógica, acadêmica ou cultural.

A jornalista contou que se deparou com a situação quando saiu da roda para comprar água. Inicialmente, pensou que se tratasse de uma dança, entretanto, logo percebeu a verdade, resolvendo filmar para ter prova e chamar o segurança.
“Quando o caso ganhou essa repercussão toda nas redes sociais, não imaginava que teria tanta força. Mas a população se mobilizou, porque não pode ser mais um caso de racismo, tem que ter um tipo de punição”, afirmou ela ao jornal O Globo.
Wanderso estava na roda e disse que ficou sabendo do acontecimento apenas no dia seguinte, com a postagem. “É algo tão absurdo, em 2024, uma pessoa imitar um macaco, que ninguém acredita. As pessoas não se dão conta do que está acontecendo. Podia ter tido uma tragédia. Eles são racistas, mas a gente não quer que ninguém morra ou sofra violência”, relatou.



