O secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou que os EUA estão considerando proibir o TikTok devido a preocupações com espionagem chinesa.
O governo dos EUA está considerando uma proibição do TikTok, de acordo com o secretário de Estado, Mike Pompeo. Na segunda-feira (6 de julho), Pompeo apareceu na Fox News para falar com a apresentadora Laura Ingraham sobre a potencial decisão do governo de proibir o aplicativo, citando preocupações sobre a espionagem chinesa como o principal motivo.
“Estamos levando isso muito a sério e certamente estamos analisando”, disse Pompeo a Ingraham. “Trabalhamos nessa questão há muito tempo, seja o problema de ter a tecnologia Huawei em sua infraestrutura – percorremos o mundo inteiro e estamos realizando um progresso real -, declaramos a ZTE um perigo para Segurança nacional americana”.
“Com relação aos aplicativos chineses nos telefones celulares das pessoas”, continuou ele, “posso garantir que os Estados Unidos também acertarão isso”. Ele alertou os americanos de que o download do aplicativo pode ser perigoso, pois acredita-se que os dados privados dos usuários estão “nas mãos do Partido Comunista Chinês”. No entanto, um porta-voz do TikTok insiste em que “nunca forneceu dados do usuário ao governo chinês, nem o faríamos se solicitado”.
“O TikTok é liderado por um CEO americano, com centenas de funcionários e principais líderes em segurança, proteção, produtos e políticas públicas aqui nos EUA”, disse o porta-voz. “Não temos prioridade maior do que promover uma experiência segura para nossos usuários”.
O TikTok pertence à empresa chinesa ByteDance e é atualmente um dos aplicativos mais baixados em todo o mundo. No entanto, a ByteDance foi acusada no passado de ter vínculos com o Partido Comunista Chinês e de censurar certo conteúdo em sua plataforma, especificamente “tópicos sociais e políticos”, de acordo com ex-funcionários.
Na semana passada, a Índia proibiu o TikTok e muitos outros aplicativos chineses devido a preocupações com a segurança nacional e a privacidade dos dados do usuário. Segundo o Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação da Índia, esses aplicativos proibidos “estão envolvidos em atividades que são prejudiciais à soberania e integridade da Índia, defesa da Índia, segurança do estado e ordem pública”.
