Esse é o segundo processo contra Travis após a tragédia; mais fãs devem fazer o mesmo.
Um homem que compareceu ao festival de música de Houston, onde pelo menos oito pessoas foram mortas, abriu um processo civil contra Travis Scott e Drake, culpando os rappers por incitarem negligentemente “tumulto e violência”, de acordo com o processo. A ação, que busca $1 milhão em danos, também afirma que o local e a empresa de entretenimento Live Nation não forneceram segurança adequada e serviços médicos no festival Astroworld, relata o site americano CBS News. Esse é o segundo fã que entra com um processo contra o rapper após a tragédia.
O aumento da multidão ocorreu durante a apresentação de Travis Scott na noite de sexta-feira, quando uma multidão começou a se “compactar” em direção ao palco, disse o chefe dos bombeiros de Houston, Samuel Peña, no início do sábado. “Isso causou algum pânico e começou a causar alguns ferimentos”, disse Peña. Pelo menos oito pessoas, incluindo dois adolescentes, foram mortas e dezenas foram hospitalizadas.
O processo alega que Travis Scott, que fundou o festival em 2018, “incitou o caos em eventos anteriores” e que os outros réus não tomaram medidas para evitar esse comportamento. Ele também afirma que Drake, que apareceu como um artista surpresa, “ajudou a incitar a multidão mesmo sabendo da conduta anterior [de Travis]” e “continuou a se apresentar no palco enquanto a tragédia acontecia.
Scott e Drake não quiseram comentar o processo. Em um comunicado no sábado, Scott disse estar “absolutamente arrasado com o que aconteceu”. O processo disse que o demandante Kristian Paredes estava parado na frente da seção de admissão geral na época, perto de uma barreira de metal que separa a seção VIP do resto da multidão. Quando Scott começou a se apresentar, Paredes “sentiu um empurrão imediato” antes que “a multidão se tornasse caótica e uma debandada começasse”, disse o processo.
“Muitos imploraram por seguranças contratados pela Live Nation Entertainment, mas foram ignorados”, acrescentou o processo. Como resultado do incidente, Paredes “sofreu lesões corporais graves” que “tiveram um efeito sério na saúde e no bem-estar do Requerente”, disse o processo.
“Alguns dos efeitos são permanentes e permanecerão com ele por um longo tempo no futuro, se não por toda a sua vida”, disse o processo, que não forneceu detalhes sobre a natureza dos ferimentos. Paredes não parece ser o único espectador processando o incidente. O advogado de direitos civis Benjamin Crump disse no domingo que entrou com um processo em nome de Noah Gutierrez, de 21 anos, e espera abrir mais processos para outras supostas vítimas na próxima semana.
“Estamos ouvindo relatos horríveis sobre o terror e a impotência que as pessoas experimentaram – o horror de uma multidão esmagadora e o terrível trauma de ver pessoas morrerem tentando, sem sucesso, salvá-las”, disse Crump em um comunicado. “Estaremos buscando justiça para todos os nossos clientes que foram prejudicados neste evento trágico e evitável.”