Usuários do Uber no Canadá vão poder pedir maconha pelo aplicativo

Escrito por André Bernardo 26/11/2021 às 12:30

Capa uber e maconha Foto: Divulgação
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Vendas serão feitas e retiradas através da loja Tokyo Smoke

Uber anunciou que usuários do Canadá poderão pedir maconha pelo aplicativo, já que por lá, o uso da cannabis é legalizado. No entanto, quem quiser fazer o pedido, terá de estar preparado para buscá-lo: com maconha, mas sem delivery. Segundo um porta-voz da empresa, que falou com à Reuters, a entrada da Uber no mercado de cannabis canadense acontecerá no dia 29 de novembro (próxima segunda-feira). Em abril, o CEO da companhia, Dara Khosrowshahi, disse à mídia que “consideraria a distribuição de cannabis” na costa oeste dos Estados Unidos.

Quem fornece os produtos é a loja Tokyo Smoke, e seu catálogo ficará em uma parte especializada do aplicativo. Após realizar o pedido, os clientes devem ir até o estabelecimento para retirar o pacote. Para que isso aconteça, o Uber Eats fará uma verificação de idade no aplicativo. No momento da coleta, o cliente também deve provar sua maioridade exibindo um documento de identidade.

capa maconha

Estima-se que o mercado de maconha do Canadá movimente cerca de US$ 4 bilhões (mais de R$ 22 bilhões) por ano, valores que podem chegar a US$ 6,7 bilhões em 2026, segundo a empresa de pesquisa da indústria BDS Analytics. Conforme apurou a BBC, o montante teria crescido bastante de 2020 até hoje em razão da pandemia, quando as pessoas precisaram enfrentar o lockdown e apelavam para a droga como forma de diversão.

A legislação do país permite o uso da substância para fins recreativos desde 2018, mas os usuários não têm permissão para revendê-la. Além disso, os locais de comercialização são fiscalizados e estão submetidos a uma série de regras impostas pelo governo do Canadá.

No Brasil, o uso da cannabis é ilegal e usuários com finalidades medicinais precisam de permissão da justiça para adquirir o produto. Há movimentos sociais que tentam sensibilizar os parlamentares para liberar a substância, apontada como uma questão de saúde pública e não de polícia, mas não existe nenhuma previsão de legalização.

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