O novo julgamento de Melly está marcado para começar em 19 de outubro com a seleção do júri, que pode durar até novembro.

Advogados de defesa no caso de duplo assassinato de YNW Melly estão exigindo o arquivamento das acusações, acusando os promotores de reter informações incriminatórias sobre seu detetive principal. O pedido foi um dos doze apresentados pelos advogados do rapper, cujo nome real é Jamell Demons. Em audiência na última quarta-feira (27), o Juiz do Circuito de Broward, John J. Murphy, disse que considerará os pedidos após os promotores terem tempo adequado para responder.

Durante o verão, advogados de YNW Melly apresentaram uma queixa contra o Detetive da Polícia de Miramar, Mark Moretti, acusando-o de pegar à força um celular pertencente à mãe do rapper, Jamie King, enquanto a interrogava em relação ao caso no Tribunal do Condado de Broward, no centro de Fort Lauderdale, no ano passado.

Foto: Amy Beth Bennett

Conforme a defesa, Moretti estava fora de sua jurisdição quando executou um mandado de busca para o telefone, “disposto a mentir sobre quem executou o mandado de busca” para encobrir seus rastros e “disposto a conspirar” com um delegado do xerife de Broward que não estava na sala quando o telefone foi apreendido. Essa descrição foi baseada em uma declaração dada pela Procuradora Estadual Adjunta Michele Boutros, que estava na sala.

Segundo Boutros, Mark Moretti disse ao Delegado do Xerife Adam Gorel que dissesse que estava na sala quando o mandado foi executado. “Posso estar, se você precisar”, respondeu Gorel. Mais tarde, Moretti disse aos promotores que essa troca foi feita como uma piada. Em seu relatório oficial sobre o incidente, Moretti escreveu que estava na sala com a mãe do rapper, Jamie King, Boutros e o advogado de King, Robert Trachman.

O mandado de busca identificou King como a pessoa investigada por obstrução de testemunhas. Os investigadores acreditavam que ela estava ajudando seu filho a esconder evidências incriminatórias em seu caso de assassinato. YNW Melly é acusado de dois homicídios de primeiro grau nas mortes a tiros dos rappers Christopher “YNW Juvy” Thomas e Anthony “YNW Sakchaser” Williams em Miramar em 2018, e de conspirar para fazer parecer um tiroteio de carro. Seu co-réu, Cortlen Henry, está sendo julgado separadamente.

King nunca foi acusada de obstrução de testemunhas. Os registros do celular incluíram uma série de mensagens de texto apresentadas no julgamento de Demons, que terminou em júri sem decisão.