YNW Melly deve ter seu julgamento encerrado entre esta semana e a próxima.
A defesa Jamell Demons, nome verdadeiro do rapper YNW Melly, encerrou sua participação no caso, na terça-feira (18), depois de chamar uma única testemunha para depor hoje. O cantor recusou a oportunidade de testemunhar ao tribunal, fazendo com que a defesa encerrasse o trabalho. Agora, os membros do juri serão isolados até os argumentos finais serem apresentados pela promotoria e defesa, na próxima quinta-feira (20).
“Não vou testemunhar”, disse Melly no tribunal, esta semana. Quando o juiz Murphy III perguntou: “Esta é sua decisão voluntária?”, Melly confirmou: “Sim, senhor”. O artista é acusado de matar YNW Sakchaser e YNW Juvy. Se condenado, ele enfrenta prisão perpétua com liberdade condicional e a possibilidade de pena de morte. Melly se declarou inocente.
Ainda hoje, os advogados de defesa de YNW Melly chamaram um amigo do rapper – e das vítimas – para depor e, o que ele disse, afasta o artista da cena do tiroteio. No depoimento, Adrian Davis testemunhou que Melly estava na casa que eles dividiam na noite dos assassinatos. Davis disse que estava no andar de cima, enquanto o rapper estava no andar de baixo, em seu quarto.
Davis, que também estava presente no estúdio de gravação, disse que tudo parecia normal horas antes de Thomas e Williams serem mortos a tiros. Ninguém discutiu, segundo ele. Em vez disso, eles adormeceram e finalmente decidiram ir para casa.
De acordo com a testemunha, o rapper foi para seu quarto e, em determinado momento, Melly percebeu que seu telefone estava faltando e procurou por ele em toda a casa. Davis disse que Melly estava dentro de casa e usava shorts e camiseta quando soube que os dois amigos foram mortos. Glass, que testemunhou na semana passada, disse que percebeu que Melly havia trocado as roupas que vestia horas antes, quando a equipe chegou à casa de Fredo Bang.
A promotora Kristine Bradley questionou Davis sobre o fato de ele nunca ter contado aos investigadores que Demons passou parte da madrugada de 26 de outubro de 2018 procurando seu telefone perdido. Davis também disse ao advogado de defesa Stuart Adelstein que o detetive da polícia de Miramar, Mark Moretti, nunca o entrevistou durante a investigação.