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Os Gigantes Chegaram! Bk’ lança álbum “Gigantes” com grandes nomes do Rap Nacional

Escrito por Fellipe Santos 31/10/2018 às 00:34

Foto: Divulgação
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“Eu quero que lembrem de “Gigantes” como um álbum bonito pra caralho, porque é assim que eu o vejo e o escuto, um álbum bonito pra caralho… Amém!” – BK’

Após mais de dois anos do lançamento de seu primeiro álbum, o clássico Castelos & Ruínas, os gigantes finalmente chegaram. O segundo álbum solo do rapper BK’, Gigantes, acaba de ser lançado nas principais plataformas de streaming nesta quarta-feira, 31. Antes disso, o artista carioca liberou dois EPs da série Antes dos Gigantes Chegarem, ambos aclamados pelo publico e muito bem recebidos pela crítica. Para dar incio a era Gigantes, o rapper escolheu a faixa “Correria” como primeiro single do disco e o lançou com videoclipe recentemente.

Com estes três trabalhos no currículo, sendo um icônico disco considerado um dos melhores dos últimos tempos, e muitas participações relevantes, BK’ se estabeleceu como um dos melhores rappers do cenário nacional e seu novo projeto completo era altamente aguardado. Sobre essa expectativa e o peso de ser um dos melhores, BK’ nos conta:

“Eu gosto de fazer músicas que eu curto, no C&R foi assim, nos EPs também, então eu procurei não pensar nisso, não me pressionar e ficar obcecado numa perfeição ilusória ou em me “superar” a qualquer custo, pensei em fazer o que fazemos na Pirâmide, música que a gente gosta.”

Com rimas fortes, Gigantes traz um tom mais voltado para crônicas, muito sobre situações e sensações. Em cada faixa BK’ apresenta um universo diferente, desde o momento da criação musical, da estética, até o assunto que cada música aborda.

“Eu tava fazendo outro álbum, que iria se chamar “Contos da Madrugada”, e nesse processo eu criei a faixa “Gigantes”, que eu vejo como uma música que conta o que as pessoas, fazem, passam, para serem gigantes ou fortes ou apenas serem pessoas. Ela fez eu recriar o álbum. A partir disso eu fui pensando em situações, personagens, ações, diálogos, sátiras, críticas, relacionamentos, os papos retos e etc, a maioria extraída dessa faixa. E eu gosto desse estilo de música em primeira pessoa porque me lembra jogos em primeira pessoa, eu gosto dessa sensação de ta vivendo outras histórias pelos meus olhos, se for Bioshock então (risos).

E eu escolhi essa direção, essa estética de “Gigantes” para o álbum porque eu queria fazer algo diferente de C&R, artisticamente falando não é interessante pra mim fazer um álbum na mesma pegada agora.”, revelou o carioca.

O disco conta com composições e a participação de artistas como Marcelo D2, Sain, Baco Exu do Blues, Akira Presidente, Luccas Carlos, KL Jay, Juyè e Drik Barbosa. Os músicos Hodari, Rodrigo Tavares, Marlon Sette, Guto Wirtti, Magno Brito, Diogo Gomes, Bruno Patricio Leite, Kainã do Jejê e Felipe Bade também contribuem para a obra com suas participações.

“Todos esses artistas eu admiro de verdade, são meus amigos, meus ídolos, eu gosto de trabalhar assim, sem forçar nada. Todos tem a mesma importância, é só ver como somaram na construção das músicas.”, explanou sobre as colaborações BK’.

Os instrumentais são assinados por El Lif Beatz, JXNV$, Nave e Arit. Ou seja, os fãs podem esperar por beats sérios e um flow contagiante. O disco foi gravado no Estúdio Companhia dos Técnicos e mixado por Arthur Luna, sete vezes indicado ao Grammy. BK’ nos contou um pouco mais do processo de produção para Gigantes.

“O começo do álbum era aquilo de sempre, pegar beats e ir escrevendo até chegar numa direção certa, o El Lif viu que eu tava escolhendo uns beats mais melódicos, com mais elementos, então ele e o Arthur decidiram em chamar os músicos pra tocar esses elementos nas faixas e deixar a parada mais orgânica e mais bonita.”

O projeto conta com varias participações dos colegas de Pirâmide Perdida do rapper, o que nos faz desejar um álbum colaborativo do coletivo. Algo que BK’ não descarta apesar da falta de tempo para a produção adequada do projeto.

“Pensar a gente pensa, tamo fazendo musica geral junto, igual sempre. O negócio é conseguir o tempo pra geral parar e lapidar o que a gente tem. Ta geral nos seus corres, gravando, fazendo shows, e a gente sabe que o trampo de um dando bom, da bom pro de geral. O tempo que a gente tem pra se encontrar a gente tira pra beber uma cerveja e ir se organizando.”, disse BK’.

A masterização ficou por conta da Sterling Sound pelas mãos do norte americano colecionador de Grammy’s, Chris Gehringer, que já assinou trabalhos como o “Enter the Wu-Tang (36 Chambers)”, do Wu Tang Clan, “Stillmatic”, do Nas, “Magna Carta Holy Grail”, do Jay-Z, “Be Careful”, da Cardi B, Loud, de Rihanna, Born This Way, de Lady Gaga, e Blurred Lines, de Robin Thicke. Sobre trabalhar como o renomado produtor, o rapper comenta que isso é uma provo do crescimento de seu trabalho.

“Gueringuê (Gehringer) é o brabo, não tem jeito. É uma satisfação sem tamanho poder trabalhar com um cara desse nível, quer dizer que estamos subindo o nosso também.”

A estética visual de Gigantes foi desenvolvida pelo artista plástico Maxwell Alexandre e inspirada nas obras de suas séries “Pardo é papel” e “Reprovados”, que fazem parte do acervo de museus como MASP (Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand), Pinacoteca do Estado de São Paulo e MAR (Museu de Arte do Rio). Além da capa do disco e do single “Correria”, lançado em 23 de agosto, a arte de Maxwell é referenciada nos três videoclipes que acompanham o álbum – o clipe de “Correria” e dois que serão lançados ainda este ano.

“Eu conheci o trabalho do Maxwell pela Pamela Castro, uma mulher muito incrível e respeitada no universo da arte. O Maxwell representa tudo que eu canto e falo com meus amigos. O lance de ocupar os espaços, botar o ponto de vista do preto em lugares que eram/são fechados pra nós e a partir disso tentar puxar mais manos com a gente. O mais maneiro é que ele se inspira nos meus trabalhos e de outros manos, como Baco e Djonga, pra alguns trampos dele. Esse mano tem uma arte baseada em uma música minha no MASP.”, revelou.

Um trabalho tão bem produzido e planejado, com certeza apresenta uma proposta. Ou algo que o artista pretenda passar para o público. Sobre isso, BK’ mostra que sua visão para o disco é muito diversificada.

“Eu quero oferecer uma viagem sonora legal pra geral, ta ligado? Vários tipos de rap que eu gosto, o rap é um universo muito grande e a gente as vezes explora pouco por tendências, tendências de escrita, de sonoridade. Não que a gente tenha que ignorar, mas não nos deixar levar, o artista que da o ritmo ele tem que saber dosar. O álbum da pra você tirar muita coisa, é bem versátil, desde tu pegar várias visões até tu só ficar relaxando de boa.”

Os fãs já podem fazer ouvir o novo disco, Gigantes, nos serviços de streaming. Escute abaixo e tente achar a sua faixa favorita, BK’ já nos revelou as suas preferidas.

“Cada hora eu gosto mais de uma faixa, quando to de boa pensando eu ouço “Gigantes”, quando to de folga no fim de semana, “Deus do Furdunço” toca sozinha na minha cabeça, depende do momento que eu tô (risos).”

Ficha Técnica:

Composições por Abebe Bikila, Marcelo Peixoto, Stephan Peixoto, Diogo Moncorvo, Paulo Ferreira e Adriana Barbosa.

Instrumentais por El Lif Beatz, JXNV$, Nave e Arit.

Músicos acompanhantes: Rodrigo Tavares, Marlon Sette, Guto Wirtti, Magno Brito, Diogo Gomes, Bruno Patrício Leite, Kainã do Jejê, Juyê, Hodari e Felipe Bade.

Riscos (Scratches) por KL Jay.

Gravado e Mixado no Estúdio Companhia dos Técnicos por Arthur Luna.

Masterizado por Chris Gehringer na Sterling Sound.

Direção Musical por El Lif Beatz, JXNV$ e BK’.

Produção Executiva por Pirâmide Perdida Records.

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