Outros grandes nomes do rapper internacional entraram na causa.
Mais de 100 artistas assinaram uma carta publicada no New York Times na última terça-feira (1) pedindo o fim do uso de letras de música em julgamentos criminais em toda a América. O documento foi elaborado pela WMG, mas também foi co-assinado pela Sony Music Group, SiriusXM, Spotify, TikTok e outros. Entre os artistas que colocaram seus nomes na carta estão 50 Cent, Lil Baby, J. Cole, Jack Harlow, John Legend, Killer Mike, Alicia Keys, Camila Cabello, Christina Aguilera, Coldplay, DJ Khaled, Drake, Future e muitos outros.
“Nos tribunais de toda a América, a tendência dos promotores usarem a expressão criativa dos artistas contra eles está acontecendo com uma frequência preocupante. Independentemente do meio – música, artes visuais, escrita, televisão, cinema – os fãs entendem implicitamente que a expressão criativa está enraizada no que os artistas veem e ouvem; é um reflexo dos tempos em que vivemos. O trabalho final é produto da visão e imaginação do artista”, começa o texto.
A carta continua: “Rappers são contadores de histórias, criando mundos inteiros povoados com personagens complexos que podem interpretar heróis e vilões. Mas mais do que qualquer outra forma de arte, as letras de rap estão sendo usadas essencialmente como confissões na tentativa de criminalizar a criatividade e a arte negra”, concluiu.
A partir daí, a carta aborda os próximos julgamentos de Young Thug, Gunna e o resto da YSL. A equipe está aguardando julgamento em um caso de extorsão de alto perfil, que deve usar letras de rap como prova. Ao final da carta, o grupo elogiou o trabalho do governador Gavin Newsom por assinar recentemente um projeto de lei que trata da questão em lei na Califórnia. Eles também observaram o trabalho do deputado Hank Johnson e do deputado Jamaal Bowman no Congresso dos EUA, que introduziram a Lei RAP (Restoring Artistic Protection).