Em uma entrevista com Rap Mais, conhecemos um pouco sobre o artista e seus projetos

O jovem baiano Alee tem se tornado um expoente em potencial dentro do cenário do rap nacional. Sua carreira começou dentro do R&B, na Hash Produções, onde mostrou sua musicalidade e talento através do lançamento dos singles solo “Voa”, “Fácil” e “Festa de Preto”. A partir disso, Alee chamou atenção e colaborou com artistas que se destacam nesse segmento dentro do rap nacional, como Chris MC, Xamã, JayA Luuck e Junior Lord.

Recentemente, após colaborações em singles como a faixa tema da mixtape “Jovens Pretos Milionários”, da Pineapple Storm TV, em “Arrasta Pra Cima”, da Phantom Mob, em “GVNG!”, no álbum “Auge” do Costa Gold e sua participação no single “Tropa do D!”, do álbum “ÉTPM?!” de Jovem Dex, Alee foi se tornando cada vez mais relevante no Trap. Com isso, o artista começou a liberar prévias de seus singles dentro do estilo, que rapidamente viralizaram.

Algumas dessas prévias são dos lançamentos mais recentes do artista, como o single “Esculacho”, primeiro lançamento do projeto “Revedeste” e que conta com a participação dele e de Brandão85, e agora na mais recente “Banco de Couro”, faixa de Alee com a colaboração de Jovem Dex.

Entendendo um pouco sobre como iniciou a carreira do artista e o rumo que ela vem tomando ao longo do último ano, conversamos com Alee sobre essa virada de estilo e projetos futuros. Confira abaixo!

Você iniciou sua carreira dentro da música com quantos anos? E por que escolheu o rap?

“Meu contato com a música veio de quando eu era pequeno. Minha família é de músicos, isso vem desde os avós aos netos, então meu contato com a música veio disso. Na verdade, eu fui gerado pela música, né mano? A minha mãe era backing vocal do meu pai. Aí eles se conheceram e tal, se relacionaram e ela ficou grávida. Acho que até meus três meses minha mãe ainda subia pra cantar no palco com meu pai, grávida, então meu contato com a música vem desde a barriga. Quem me apresentou ao rap realmente foi minha mãe, por incrível que pareça. Ela me deu um CD que vinha 50cent, Eminem e eu curti demaaaais, e eu era muito fã do Michael Jackson também. E aí eu comecei a escrever com 10/12 anos minhas primeiras músicas, mas não tinha colocado pra frente ainda, só escrevia e deixava lá quieto”.

Seus primeiros lançamentos através da Hash Produções foram focados no R&B, mas no momento vemos que você tem explorado mais o Trap, o que gerou essa mudança na sua carreira?

“Minha carreira profissional começou mesmo quando a Hash Produções me abraçou, tá ligado? Meu primeiro trabalho com a Hash Produções foi no R&B, na verdade eles me contrataram pra fazer o R&B, só que eu sempre gostei do Trap também. E é o que eu sempre falo, eu sou a música, o Alee é a música. Eu não me prendo a só um estilo musical, eu sempre gosto de me explorar, ver a minha capacidade em outros estilos, tá ligado? Então o Alee é a música”.

No projeto “Jovens Pretos Milionários”, a sua participação fluiu entre os dois estilos (R&B e Trap), como foi pra você fazer essa mistura dentro de um EP?

“Jovens Pretos Milionários foi muito bom mano, foi muito bom! E tipo assim, eu consigo caminhar entre as duas vertentes, entre o Trap e o R&B, então não foi muito difícil pra mim fazer não, tanto que a gente fez as cinco músicas em três dias, foi muito fácil fazer e muito daora também”.

Podemos esperar Alee nos dois estilos ou você pretende manter o foco dentro do Trap?

“Nesse momento atual, eu, Alee, estou mais focado no Trap. Mas, eu penso futuramente em lançar um álbum ou um EP “Trap Soul”, na vertente R&B, com vários artistas”.

Em “Esculacho” e agora em “Banco de Couro”, podemos perceber um jeito propriamente seu de fazer Trap, onde você busca suas referências e o que te influencia a fazer um som mais moderno?

“Eu desenvolvi uma técnica de misturar as palavras junto com o ad-lib ao mesmo tempo, que aí parece que o ad-lib faz parte do verso. Vocês percebem isso… que eu canto a letra e faço o ad-lib ao mesmo tempo, aí parece que é a mesma coisa, só que é totalmente diferente. Eu sempre tento trazer uns ad-libs modernos e transformar em algo meu, isso em si já é moderno, você criar um bagulho novo”.

Quais serão os seus próximos passos? Tem algum projeto futuro em mente?

“O próximo passo é dar o que a galera tá pedindo. Tem várias músicas aí pra sair, e meu próximo passo é conseguir lançar todas as minhas músicas, e como eu falei aí, eu quero lançar um EP “Trap Soul”, e é isso!”

Alee se destaca por sua versatilidade, e como ele mesmo disse: “Alee é a música”. O que podemos esperar para a carreira do artista, apenas o futuro poderá nos dizer, mas hoje, aos 21 anos, Alee já é uma das jovens promessas do nosso cenário musical e vem garantindo seu espaço com muita dedicação, trabalho, e claro, muito talento.

Confira seu último trabalho: