Avião com Marília Mendonça atingiu cabos de alta tensão antes de cair

Escrito por Vinicius Prado 05/11/2021 às 20:28

Foto: Divulgação
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Relatos de pilotos e moradores da região indicaram rompimento de fios perto da pista de pouso de Caratinga

O avião bimotor que transportava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas atingiu um cabo de alta tensão de uma torre de distribuição da empresa antes de cair em Caratinga, no Vale do Rio Doce. Todos à bordo faleceram na tragédia. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgou nota nesta sexta-feira (5) confirmando a informação.

O avião, um bimotor King Air da Beech Aircraft, fabricado em 1984, decolou de Goiânia e caiu em uma cachoeira a 2 quilômetros da pista onde faria o pouso, segundo informou a Polícia Militar mineira. A aeronave tinha capacidade para 4,7 mil quilos e podia levar até 6 passageiros. Informações preliminares relatadas por pilotos que sobrevoaram a região próximo ao momento do acidente e também de testemunhas são de que o avião “rasgou” fios de alta tensão ligadas a uma torre próximo ao local.

Os órgãos aéreos da região já haviam recebido relatos de outros pilotos antes do acidente, nos meses de setembro e agosto, de que os fios elétricos atrapalhariam o pouso no aeródromo de Caratinga. Uma testemunha relatou às autoridades que, após colidir contra os fios, o avião teria perdido um motor. A aeronave tinha dois motores mas, segundo essa testemunha, que também é piloto, a aeronave teria perdido sustentação com a colisão.

Segundo o jornalista Datena, que conversou com o piloto que testemunhou o acidente, o avião que transportava Marília Mendonça bateu supostamente em uma torre de alta tensão que estava no alto de um morre. O piloto e o copiloto não teriam conseguido visualizar os cabos, visto que não tinham as sinalizações necessárias, as bolas laranjas servem para evitar qualquer acidente ou contato com os fios.

Para confirmar essa ou outros fatores que podem ter contribuído para o acidente, a FAB irá fazer uma perícia nos destroços do avião, ouvir testemunhas das pistas de pouso de onde o avião decolou e do destino, recuperar documentos, dados de inspeções técnicas, de manutenção do avião, além de ver a qualidade do combustível usado na operação.

Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião de Marília Mendonça estava com a documentação em dia e tinha autorização para fazer táxi aéreo.

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