Baco não poupou criticas contra Eduardo Leite
Na primeira noite da atual edição do TIM Music Rio, Baco Exu do Blues agitou uma multidão na Praia de Copacabana em um show repleto de mensagens políticas, exaltação à negritude e referências às religiões de matriz africana.
Repercute nas redes sociais um momento em que o rapper, antes de cantar a faixa “Inimigos”, cita o governador do Rio Grande do Sul – estado que vem sendo altamente afetado nas últimas semanas pelas enchentes -, Eduardo Leite (PSDB).
“Facção carinhosa, contrato vitalício para combater o mal e o racismo. Quero que vocês peguem todo ódio de padrão filha da put*, de professores que te perseguem, de ex-namorados filhas da p*ta, familiar que te diminui para caralh*, vocês vão jogar tudo para fora”, disse ele, pedindo para o público unir as mãos umas às outras e expressar suas energias fisicamente.

Na sequência, o artista baiano expressou sua insatisfação com o governador. “Sempre que vocês verem um filha da put*, vocês vão reagir com porrada. Senhor Eduardo Leite, quero que você se f*da. Todos meus inimigos estão mortos. Se não mortos em ida, mortos em espírito”, relatou.
Em apresentação com banda, Baco subiu ao palco por volta das 19 horas e cantou por cerca de 1 hora e 30 minutos, começando com uma pegada de sofrência, passando pela cadência do samba e chegando no rap politizado com a track “Kanye West da Bahia“.
Enquanto cantava “sou o preto mais odiado que você vai ver”, importantes personalidades negras como Liniker, Sabotage, Mart’nália e Djamila Ribeiro foram exibidas no telão do palco.
Conforme relatado pelo rapper, “Te Amo Disgraça” seria a última música da performance, mas ele ‘estava feliz demais para encerrar o show’, pedindo desculpas a organização do festival pelo seu atraso, cantando “Girassóis de Van Gogh” e “Flamingos”, e ressaltando: “O pessoal veio me ver na chuva”.