Badrani lança provocante single “Fogo” com videoclipe, confira!

Jovem chega para contribuir com sua arte, sendo inspiração e espelho para os próximos. Trazendo um trabalho autêntico e real.

Badrani sempre teve facilidade com a escrita. Na infância brincava de fazer paródias de várias músicas, era algo natural para ele que também costumava criar algumas frases. Porém, só em 2011 que ele se descobriu como MC.

“Na época eu já escrevia algumas letras, mas eram funk. Cena que sempre foi forte na região do Grajaú onde moro e onde surgiu o MC Zói de Gato que sempre foi uma inspiração para mim, inclusive pra fazer rap. E foi através do funk que comecei a criar letras e posteriormente a fazer Rap.”, conta o rapper.

Além do Funk, o Rap é uma força cultural gigantesca no Grajaú. E quando dois amigos de infância, Leal e Saaier, começaram a lançar seus primeiros sons, Badrani começou a botar sua cara a tapa para gravar e lançar suas primeiras músicas. A partir dai, o artista percebeu quanto o Rap o resgatou e já não poderia viver mais sem ele, dedicando sua vida a ser MC.

O rapper não costuma se rotular a um estilo ou padrão de Rap. Tanto que em seus sons lançados da para perceber a variedade desde músicas politizadas a love songs.

“De fato gosto de escrever sobre tudo que sinto e vivo. E se for pra me definir, posso dizer que sou experimental. Me descubro a cada dia e isso também reflete em minhas músicas, metamorfose.”, diz o artista.

Além do funk, a banda Charlie Brown Jr foi e é uma grande influência para Badrani. Dentro do Rap, um dos artistas que influenciou diretamente sua carreira foi Projota, com o EP Carta aos Meus, que o rapper considera um clássico do Rap nacional.

“Além de Leal e Saaier que estavam dia a dia comigo em minhas vivências. Claro, Racionais e Sabotage que foram minhas principais referências nacionais na época. Na gringa os artistas que mais me influenciaram foram Eminem e Mac Miller, que descobri assim que comecei a fazer meus sons. Hoje em dia o leque de artistas que me inspiro e me influencio é muito maior.”, completa Badrani.

Agora, o rapper acaba de libera a música “Fogo” com produção de Nicqi. A faixa que surgiu da ideia do rapper em rimar em um beat com pegada reggaeton. A música está pronta a mais de um ano e só agora tiveram a oportunidade de gravar e lançar.

“Juntamos um time foda, o Gaferdes é um dos produtores de videos mais promissores da cena atual. A Tina foi a atriz que fortaleceu em atuar no clipe comigo e o Caique Silva foi quem sempre nos apoiando dando suporte e tirando as fotos durante as filmagens. O resultado me agradou muito e estou feliz em pôr esse trabalho na rua. Tudo foi feito pensado detalhadamente pra ser entregue da melhor forma possível.”, afirma Badrani.

Neste ano, o rapper esta investindo nos trabalhos áudio visuais. Então podem aguardar mais clipes, além de participação em sons de amigos. “Em breve tem mais uma love song que será lançada! Ta no pente.”, brinca Badrani.

Assista “Fogo” abaixo. Além de conferir a visão do artista sobre o cenário do rap nacional atual e quais são seus objetivos na cena.

Qual seu grande objetivo no rap?

Além de acreditar que o Rap de fato salva vidas e resgata a auto estima do Preto e da Preta periférica, acredito que seja uma das artes mais inovadoras do mundo. Quero crescer cada vez mais com minha música, quero chegar a lugares que é difícil um Negro chegar e fazer com que isso seja comum para nós. Merecemos ganhar o mundo com nossa arte, com nossa música, com nossa vivência.

Como vê o rap nacional hoje?

Estou contente com o cenário atual. Vejo vários artistas ganhando evidência. Sem contar que hoje em dia, graças à velha escola que abriu portas para nós, é muito mais fácil, ou menos difícil fazer uma música de qualidade. Ainda enfrentamos problemas por questões principalmente raciais, onde artistas negros não são tão valorizados quanto brancos. E não é questão de talento, pois acredito e sou totalmente a favor que todos que queiram façam rap. Porém é notório e histórico o racismo velado que existe em nossa sociedade e consequentemente isso nos afeta diretamente no Rap. Contudo, vejo uma cena em ascensão, com artistas de grande potencial e vejo o Rap no futuro não muito distante sendo o maior mercado da música juntamente com outros estilos populares como o Sertanejo.

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