Um dos eventos mais comentados do último final de semana foi o show de Bruno Mars na primeira edição do The Town. O artista recebeu o maior cachê já pago pelo proprietário do Rock in Rio, destacando-se com uma apresentação repleta de hits e coreografias impressionantes.  No entanto, o show dele reavivou o debate nas redes sociais sobre a sua raça e etnia.

O artista, nascido no Havaí, é descendente de filipinos por parte de mãe e porto-riquenhos por parte de pai, o que resulta em uma combinação de ascendência asiática e latina, sendo frequentemente identificado como “asiático marrom”.

Foto: Reprodução/Globoplay

O colorismo, um tema amplamente discutido em escala global, tem gerado diversas opiniões e debates sobre como Bruno Mars é percebido racialmente. Levi Kaique, palestrante, engenheiro civil, professor, criador de conteúdo e streamer brasileiro, expressou sua opinião sobre o assunto em seu perfil no Twitter, enfatizando que o próprio Bruno Mars nunca se declarou como negro e que a interpretação racial pode variar significativamente, dependendo do contexto cultural.

“O mais importante sobre o fato do Bruno Mars não ser negro é que ELE MESMO sabe disso e nunca disse ser negro. Nós brasileiros que consideramos ele negro porque a nossa leitura racial é baseada na pigmentocracia”, opinou ele.

O cantor já foi alvo de acusações de apropriação cultural no passado, mas em uma entrevista de 2012 para o The Breakfast Club, ele defendeu sua admiração e respeito pelos artistas negros que o influenciaram. Bruno Mars reconheceu que sua música incorpora elementos do soul, R&B e funk, e creditou sua carreira a ícones como James Brown, Prince e Michael Jackson.

Sua conexão com a música negra e o reconhecimento de suas influências são evidentes em sua jornada artística. Mars destacou que cresceu assistindo a artistas como Bobby Brown e aprendeu com eles, incorporando elementos de sua performance em seu próprio trabalho. O show de Bruno Mars no The Town não apenas cativou o público com sua música e coreografia, mas também reavivou a discussão sobre a identidade racial do artista e a complexidade das questões relacionadas ao colorismo na sociedade contemporânea.

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