Carne cultivada pode se tornar liberada para o consumo em até 5 anos.
Na terça-feira, 28 de março, cientistas apresentaram em Amsterdã uma almôndega de carne cultivada em laboratório, com base em um mamute lanoso, espécie extinta. A Vow, empresa australiana de carne cultivada, exibiu a iguaria em uma cúpula de vidro no museu de ciências NEMO, na capital holandesa.
No entanto, a proteína de milhares de anos ainda deve passar por testes de segurança antes de poder ser consumida pelos seres humanos atualmente. A escolha da carne de mamute lanoso foi feita porque é um símbolo de perda, extinto pelas mudanças climáticas anteriores.
A empresa Vow busca alternativas mais sustentáveis para a carne, não impedindo as pessoas de consumi-la, e sim oferecendo algo melhor e mais sustentável. A pecuária representa 14,5% das emissões mundiais de gases do efeito estufa causadas pelo homem, com a previsão de que esse consumo aumente 70% até 2050.
De acordo com a FAO, a pecuária é uma das principais causas das mudanças climáticas, já que é responsável por grande parte das emissões de gases do efeito estufa causadas pelo homem. Com a previsão de aumento do consumo mundial de carne até 2050, os cientistas buscam alternativas como a carne vegetal ou a cultivada em laboratório.
A Vow, com sede em Sydney, busca oferecer algo melhor e mais sustentável para a alimentação, não querendo impedir as pessoas de consumir carne. O cofundador da empresa, Tim Noakesmith, se define como “um vegetariano frustrado” e afirma que a empresa escolheu fazer uma almôndega de carne de mamute para atrair a atenção para o fato de que o futuro da alimentação pode ser melhor e mais sustentável.