Deputada é acusada de pagar harmonização facial com dinheiro de campanha eleitoral

Escrito por André Bernardo 07/10/2022 às 19:45

capa deputada Foto: Divulgação
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MP Eleitoral pediu que candidata não assuma mandato na Câmara Federal. Denúncia feita por coordenadora da campanha aponta pagamento de R$ 9 mil no procedimento estético.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a condenação da deputada federal eleita Silvia Waiãpi por ter supostamente usado dinheiro do fundo eleitoral para custear um procedimento de harmonização facial. A representação da Procuradoria Regional Eleitoral do Amapá foi apresentada ontem (6) e tem como base o depoimento de Maite Luzia Mastop Martins, que trabalhou para Silvia Waiãpi como coordenadora da campanha.

O MP se baseia no depoimento de Maitê Martins, que atuou como coordenadora de campanha da deputada. As transferências entre as contas da campanha e da coordenadora estariam registradas em comprovantes, assim como as transferências entre a coordenadora e o esteticista responsável pelo procedimento. O médico também prestou depoimento aos investigadores.

deputada

Segundo a lei eleitoral, não é permitido que os recursos do fundo sejam usados para nada além de propaganda e pagamento de serviços destinados à campanha. Na representação, o MPE diz que é “inequívoco” o mau uso dos recursos públicos, e pede que ela seja impedida de assumir o cargo de deputada.

Waiãpi se elegeu deputada federal pelo Amapá no último domingo com 5.435 votos, defendendo que as terras indígenas sejam abertas para obras de infraestrutura e atividades como mineração e agricultura em larga escala. Ela é militar e apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em setembro, quando ainda candidata, Silvia entrou com ação na Justiça Eleitoral contra os presidentes nacional e estadual do Partido Liberal (PL), alegando que teve o horário eleitoral negado e que recebeu do FEFC valores inferiores a outras duas candidatas ao mesmo cargo.

Na época, o site oficial de Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontava que Silvia tinha recebido R$ 100 mil, enquanto as outras duas candidatas receberam R$ 1 milhão e R$ 500 mil, respectivamente.

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