Diretora de ‘MC Daleste – Mataram o Pobre Louco’ fala sobre criação e legado da série em entrevista exclusiva

Escrito por Felipe Mascari 26/02/2024 às 10:43

MC DALESTE
FOTO: REPRODUÇÃO
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Série da Globoplay relata a vida e o assassinato do funkeiro MC Daleste.

Um dos capítulos mais importantes da história do funk de São Paulo ganhou vida na nova série “MC Daleste – Mataram o Pobre Loco”, que aborda o assassinato do funkeiro Daniel Pellegrini. A produção chegou ao Globoplay na última sexta-feira (23), em quatro episódios.

A série documental apresenta a carreira do jovem paulistano morto aos 20 anos de idade e questiona a ausência de respostas ao crime. MC Daleste foi assassinado em 2013, no palco, enquanto fazia um show em um conjunto habitacional de Campinas, em São Paulo, onde reuniu mais de 5 mil pessoas.

MC DALESTE

FOTO: REPRODUÇÃO

Em entrevista exclusiva ao RAP MAIS, a diretora e roteirista da série documental, Eliane Scardovelli, afirma que a investigação sobre o crime, uma década depois, é necessária. “Quando houve o crime, com tantas câmeras, todo mundo pensou que seria solucionado. A gente conta a história de investigação, avançando também nessa investigação, mas contando a bonita história do MC Daleste.”

Ao lado de Guilherme Belarmino, também diretor da série, Eliane conta que se debruçou sobre o processo e suas 900 páginas. “A gente esmiuçou todo o processo. A gente foi atrás de cada detalhe da investigação. Ao mesmo tempo, também contamos a vida do MC Daleste, onde tivemos acesso ao HD dele. E a história de vida dele ajuda a explicar a história da investigação também”, acrescentou.

Quando foi assassinado, MC Daleste estava no melhor momento de sua trajetória artística, emplacando hits como “Angra dos Reis” e “Mina de Vermelho”, sendo umas das principais vozes do funk da capital paulista. Para a diretora, a série pode deixar um legado importante para toda a cultura urbana.

“Ao fazer essa série, a gente espera levar a história do MC Daleste, mas não é só sobre o MC especificamente, mas sobre todo o movimento cultural que não é tratado com tanta profundidade pela grande imprensa. Então, nós esperamos que as pessoas enxerguem o funk de outra maneira e mostrar como ele é uma expressão legítima da periferia”, finalizou Eliane Scardovelli.

A série documental também percorre a trajetória do funk ostentação em São Paulo, com a participação de vários MCs da cena como Hariel, Davi, Livinho, Leo da Baixada e Gloria Groove. O 1º episódio será exibido na “Tela Quente” desta segunda-feeira (26), apenas para a capital paulista e Mogi das Cruzes. Confira a entrevista abaixo, no Instagram:

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