O assunto da vez em segundo plano é o grande evento da gravadora de Orochi.
Na último domingo (12), foram anunciadas as atrações do Mainstreet Festival. Dentre os mais de 22 artistas, apenas duas são mulheres; Azzy (convidada por Long Beatz) e Slipmami. O público feminino não compactuou e, através das redes sociais, criticou o caso. Fazendo uma reflexão também sobre a falta de espaço que os DJ’s têm, o DJ M$E comentou.
“Quando as artes dos lineup’s vão começar a por o nome dos DJ’s também, mané? Parece que somos invisíveis nessa cena, puta que pariu. Festival alternativo dá mais moral para DJ de rap do que os próprios festivais de rap”, desabafou Gabriel MSE dos Anjos.
Integrante do coletivo Bloco Sete e do selo Gigantes, fundado pelo rapper BK’, o DJ e produtor musical está inserido na cena hip-hip carioca há muitos anos e, desde então, movimenta diversos eventos culturais na cidade; como o Baile do MSE, Baile do Faraó e Baile do Tio Will; dando oportunidades aos relevantes artistas em destaque no cenário e principalmente para os underground’s, visto que pouquíssimos contratantes cedem esses espaços e, na mesma intensidade, o público consumidor vem também em crescente.
Os DJ’s, b-boys e mulheres integram a cena desde os primórdios mantendo um importantíssimo papel e, atualmente, é de uma grande lamentação que não estejam recebendo o mínimo de reconhecimento que deveriam. Aliás, estão de igual para igual com os outros que fazem parte da cena, senão até acima (por mais pobre que seja essa comparação qualitativa), ciente de que suas artes são mais que essenciais para a cultura, e foram quem a pavimentaram.
Confira o desabafo do artista:
Qnd as artes dos line up dos festivais vão começar por o nome dos Djs tbm mane? Parece que somos invisíveis nessa cena pqp
— M$E (@DjMse777) March 14, 2023
