Emicida mais uma vez se mostra contrário a ação policial nas comunidades.
O país ficou em choque com mais uma vítima da necropolítica que assola as comunidades do Brasil, principalmente no Rio de Janeiro. A modelo e designer de interiores Kathlen Romeu morreu ontem (8) ao ser baleada em confronto entre policiais e traficantes, em uma comunidade em Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro. Ela estava grávida de 14 semanas.
Vários artistas se revoltaram e foram para as redes sociais, falar sobre a morte da modelo que foi encontrada ferida após a troca de tiros e chegou com vida no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, porém, não resistiu e faleceu. Um deles foi o rapper paulista Emicida que é sempre atuante nas redes sociais quando se trata das dores sofridas pelos negros e pobres. “Esse lugar precisa de muito pra um dia sonhar em ser um país”, desabafou o artista.
Moradores foram às ruas protestar contra a morte da jovem designer de interiores. E na capa de um dos maiores portais de notícias do país era possível ler a manchete “Protesto fecha autoestrada Grajaú-Jacarepaguá”. A morte vinha em detalhe, abaixo. Kathlen, uma jovem negra, morreu na contramão atrapalhando o trânsito. As investigações sobre a morte da gestante estão na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que ouvirá testemunhas e realizará diligências para identificar de onde partiu o disparo. Até agora, os policiais apreenderam apenas um carregador de fuzil, além de munições de calibre 9mm e drogas.
Confira o post do rapper:
Esse lugar precisa de muito pra um dia sonhar em ser um país.#JusticaPorKathleenRomeu pic.twitter.com/CogkmqpPYe
— emicida (@emicida) June 9, 2021