Emicida se pronuncia após seu livro ‘AMORAS’ ser alvo de intolerância religiosa por mãe de aluno

Escrito por Thallis 09/03/2023 às 18:53

Foto: Divulgação
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Emicida desabafa após mãe de um aluno vandalizar seu livro com críticas a religiões de matriz africana.

O livro “Amoras”, do rapper Emicida é escritor de um dos livros que vem sendo bastante vendidos do Brasil. Mesmo com tantos pontos positivos, a obra foi alvo de vandalismo em uma escola particular em Salvador, na Bahia. Era possível encontrar atacando o conteúdo do livro que, entre outras coisas, explica de forma didática as religiões de matriz africana, foram encontradas em um exemplar da unidade de ensino na última segunda-feira (6), as frases foram escritas pela mãe de um aluno.

As imagens do livro vandalizado circularam pelas redes, alguns internautas chegaram a marcar o rapper para que as imagens chegassem até ele. Todo esforço deu certo e na noite da última terça-feira (7), o rapper Emicida foi em seu Instagram e se pronunciou sobre seu livro infantil “Amoras” ser vandalizado. “Eu fiquei triste porque é de entristecer viver entre radicais que se propõem a proibir e vandalizar livros infantis. Livros. Sobretudo um livro tão inofensivo como esse, Amoras. Quer dizer inofensivo para os não racistas”, disse o rapper.

Reprodução

Segundo Emicida, a história do livro é uma grande vitória e completa: “A tristeza é por essas pessoas que querem que a sua religião, no caso a cristã, protestante, conhecidos como evangélicos, seja respeitada, e deve ser respeitada, mas não se predispõem nem por um segundo a respeitar outras formas de viver, de existir e de manifestar sua fé.”

Para finalizar, o rapper Emicida ainda destacou que esta não é a primeira vez que precisa lidar com esse tipo de comportamento, que pode ser enquadrado como racismo religioso: “No começo, imaturo, eu fiquei com raiva e levei para o pessoal, mas era uma questão muito maior.” “Então, eu fiquei triste, porque é de entristecer viver entre radicais que se propõem a proibir e vandalizar livros infantis. Livros. Sobretudo um livro tão inofensivo como esse, ‘Amoras’. Quer dizer inofensivo como esse, ‘Amoras’. Quer dizer inofensivo para os não racistas”. Finalizou.

Em notícias relacionadas: Deputados do Rio rejeitam homenagem a Emicida. Na rejeição, outra pessoa que perdeu a homenagem foi Ludmilla, e um dos sustentadores das intrigas e negação foi o deputado Alan Lopes, do PL, que ironizou a homenagem citando sarcasticamente as letras da cantora brasileira nas músicas Socadona e Verdinha.

A cantora carioca comentou sobre a situação: “É uma pena que a Assembleia Legislativa do meu Estado não reconheça o meu trabalho e luta, paciência. E para a deputada Verônica Lima, meu agradecimento por respeitar a mim e a minha arte, por tentar fazer com que as pessoas entendam a realidade da maior parte da população do RJ. Fico muito feliz em ver que temos representantes sérios como a senhora. Vamos continuar firmes na luta pelas mulheres, pelos pretos e pelas minorias”.

Confira a baixo o discurso de Emicida sobre o ocorrido.

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