O diretor de “Leaving Neverland” criticou a Lionsgate e os cineastas envolvidos na próxima cinebiografia de Michael Jackson.
Um filme biográfico sobre Michael Jackson está oficialmente a caminho. No entanto, parece que um filme sobre a vida e os tempos do Rei do Pop já está enfrentando uma reação negativa. O diretor de “Leaving Neverland”, Dan Reed, publicou um artigo de opinião no The Guardian, onde criticou a empresa por seguir em frente com o filme. O título de seu artigo diz: “Esta nova cinebiografia de Michael Jackson glorificará um homem que abusou de crianças”.
O artigo de opinião de Reed não apenas criticou a Lionsgate, mas também a imprensa pelo “levante de sobrancelhas” em torno do filme. O comentário foi feito em resposta ao The Hollywood Reporter, que informou que o longa “abordará todos os aspectos da vida de Jackson, embora não esteja claro como a obra abordará as muitas controvérsias envolvendo o cantor”. “Ninguém está falando em ‘cancelar’ este filme, que vai glorificar um homem que estuprou crianças”, escreveu ele. A partir daí, ele dirigiu uma pergunta aos cineastas envolvidos, incluindo o diretor Antoine Fuqua.
“Como você vai representar o momento em que Jackson, um homem adulto de 30 anos, pega uma criança pela mão e a leva para aquele quarto? Como você descreverá o que acontece a seguir? Ao evitar a questão da predileção de Jackson por dormir com meninos, você está transmitindo uma mensagem para milhões de sobreviventes de abuso sexual infantil. Essa mensagem é: se um pedófilo for rico e popular o suficiente, a sociedade o perdoará”.
Neste ponto, não há muitos detalhes sobre a cinebiografia de Michael Jackson. No entanto, a Lionsgate confirmou que estava em andamento. Pouco depois, Fuqua confirmou que o sobrinho de Jackson, Jaafar Jackson, assumiria o papel da falecida estrela pop.
Dan Reed deixou as pessoas arrasadas quando “Leaving Neverland” estreou em 2019. O documentário de quatro horas explorou as histórias de Wade Robson e James Safechuck e seu relacionamento com Jackson. Embora Robson tenha testemunhado anteriormente em nome de Michael Jackson, levando à sua absolvição em 2008, ele disse mais tarde que mentiu para proteger seu mentor e agressor.
