O jornal Washington Post fez uma crítica a equipe do Grammy que vem chamando atenção de todos: Nenhum artista negro conquistou o álbum do ano, em uma década que temos nomes como Beyoncé, Kendrick Lamar e Kanye West. “Ano após ano, o Grammy expõe a desconexão entre a auto-imagem inflexível da indústria da música e as atitudes, valores, gostos e hábitos em constante evolução do grande público ouvinte. A música rap, indiscutivelmente a música que define o nosso século, só foi abençoada com o mais cobiçado Grammy, álbum do ano, uma vez ” diz um trecho da publicação.

A publicação também diz que o Grammy entendeu apenas agora como a representação é importante ao público, com indicações de Lil Nas X, Lizzo, Billie Eilish e mais, porem ainda existe um grande problema racial.

“Bon Iver, Lana Del Rey, Billie Eilish, Ariana Grande, HER, Lizzo, Vampire Weekend e Lil Nas X. Com as mulheres superando os homens, parece que a Academia de Gravação agora entende que a representação é importante ao público – mas optou por resolver o problema de gênero antes de trabalhar no problema racial.

Obviamente, precisamos continuar discutindo sobre como o cânone é construído, e o faremos. Mas agora também é um bom momento para perguntar por que nos importamos tanto com um cânone em primeiro lugar. No mundo da música pop, a temporada de prestígio está chegando, com os críticos compilando suas listas de final de ano, enquanto o Hall da Fama do Rock and Roll promove sua eterna luta por alimentos sobre quem é digno de entrar em seu clube estúpido. Ao longo dessas discussões, prevalece uma linha embaçada da lógica: O que torna a música importante hoje é seu potencial para permanecer importante amanhã.”