Jovem afirma ter sido impedido de trabalhar pelo gerente por fazer tranças no cabelo

Trabalhador relatou racismo no trabalho.

Vem repercutindo nas redes sociais o caso em que um jovem relata ter sido impedido de trabalhar pelo gerente após colocar tranças no cabelo. A vítima de injúria racial alega que o funcionário teria o mandado voltar para casa por ‘não estar no perfil’, afirmando que ‘não vai trabalhar desse jeito’.

Em seguida, teria tirado fotos dele para enviar para uma pessoa não identificada, o que o deixou sem reação no momento. O estoquista Marcos Paulo trabalha em uma loja tradicional de sapatos localizada na 25 de Março, bairro comercial de São Paulo.

O jovem diz ser fã do jogador de basquete Allen Iverson, que ganhou notoriedade nos anos 2000 por utilizar diversos estilos de tranças nagô – penteado tradicional que também foi utilizado como forma de resistência ao seu treinador, que tentou o impedir de entrar em quadra por usar o mesmo.

Fotos: Reprodução/Instagram

Após a repercussão, Marcos explicou que recebeu orientação legal para continuar suas atividades profissionais normalmente e documentar qualquer nova tentativa de discriminação. A empresa, por sua vez, divulgou uma ordem superior em sua hierarquia assegurando que o funcionário poderá manter suas tranças.

Através da divulgação do ocorrido em publicação do RapMais no Instagram, ele agradeceu ao apoio e ressaltou sua resistência. “Obrigado a todos! Tranças jamais irão definir a capacidade de trabalho de alguém, isso vai muito além”, disse.

“Ele simplesmente mandou eu raspar o cabelo ou tirar as tranças e que não era lugar adequado para eu ficar com o cabelo daquele jeito… Baita descriminação. Nunca, jamais vou me calar para o racismo e preconceito! Isso tem que acabar”, concluiu.

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