YNW Melly está em seu quarto dia de julgamento.

Em um caso de grande repercussão, o juiz responsável negou o pedido da defesa para utilizar o videoclipe da música “Murder On My Mind” do rapper YNW Melly como evidência em um julgamento. A decisão veio após intensos debates sobre a relevância e a influência do conteúdo artístico na formação da opinião do júri.

O caso em questão envolve um indivíduo acusado de homicídio em primeiro grau. A defesa argumentou que o videoclipe, lançado por YNW Melly antes do suposto crime, retratava uma situação semelhante ao incidente em questão, e que isso poderia fornecer um contexto importante para a compreensão dos acontecimentos. Eles alegaram que o vídeo era uma expressão artística da realidade vivida pelo rapper, e, portanto, poderia ser usado como uma evidência legítima.

Foto: Reprodução

No entanto, o juiz considerou que o videoclipe não era uma prova adequada para o caso. Ele ressaltou que o conteúdo das letras e das imagens poderia facilmente influenciar negativamente os jurados, levando-os a tirar conclusões precipitadas e a associar o acusado ao personagem retratado no vídeo. Além disso, o juiz levou em consideração o fato de que a relação entre o rapper e o acusado era meramente especulativa, não havendo provas concretas de qualquer influência direta.

O caso envolve o assassinato dos amigos de Melly, YNW Juvy (Chris Thomas, 20) e YNW Sakchaser (Anthony Williams, 21), ocorrido em 26 de outubro de 2018. A polícia alega que o rapper atirou nos dois homens após uma sessão de estúdio, enquanto estavam dentro de um carro dirigido por YNW Bortlen (Cortlen Henry). Melly e Bortlen teriam então encenado um tiroteio e levado os corpos para o hospital, alegando que foram vítimas de um ataque externo. Bortlen também enfrenta acusações de assassinato e cumplicidade e está em liberdade condicional enquanto aguarda seu próprio julgamento.

No primeiro dia do julgamento, tanto a defesa quanto a acusação apresentaram suas declarações de abertura. A defesa argumentou que YNW Bortlen era o verdadeiro atirador, alegando que ele tinha resíduos de pólvora nas mãos e estava usando roupas diferentes quando deixou os corpos no hospital. A defesa também questionou a investigação da polícia sobre o crime.