Plataforma custa 1000 reais.

O rapper Kanye West foi para as redes sociais na noite de quinta-feira para notificar os fãs de que seu próximo álbum Donda 2, que deve ser lançado ainda este mês, será lançado exclusivamente em sua própria plataforma, o Stem Player. O dispositivo custa US$ 200 (cerca de mil reais) e permite que os usuários personalizem as faixas isolando os diferentes instrumentos e vocais que aparecem em uma música.

“Donda 2 estará disponível apenas na minha própria plataforma, o Stem Player. Não no Apple Amazon Spotify ou YouTube”, escreveu Ye em um post feito no Instagram. “Hoje os artistas recebem apenas 12% do dinheiro que a indústria ganha. É hora de libertar a música desse sistema opressivo. É hora de assumir o controle e construir o nosso próprio. Vá para stemplayer.com agora para fazer o pedido.”

Ye elaborou mais sobre seus planos focados em Stem Player para a sequência de Donda. Ao compartilhar uma captura de tela de Donda 2 no Twitter durante a noite, Kanye reiterou seus comentários recentes sobre recusar um acordo com a Apple, além de criticar as empresas de tecnologia por terem feito música “praticamente gratuita” para que os artistas sejam forçados a recorrer a outras fontes de renda.

“Jay Z criou o Tidal e a mídia falsa o atacou”, disse Ye em um post. “Bem, nas palavras do meu irmão mais velho. Venha e me pegue. Estou disposto a morrer de pé porque não vivo mais de joelhos. Deus, por favor, me proteja. Eu administro esta empresa 100%, não tenho que pedir permissão. Este é o nosso player de 2ª geração. Temos mais coisas em que estamos trabalhando. Eu me sinto como me senti no primeiro episódio do documentário.”

Esta não é a primeira vez que Kanye lança o disco em uma plataforma exclusiva. O álbum de 2016 de Ye, The Life of Pablo, também foi lançado exclusivamente para uma plataforma, mais ou menos. Depois de chegar exclusivamente ao Tidal, e Ye dizendo que o projeto “nunca nunca nunca” seria disponibilizado em qualquer outro lugar, o álbum foi enviado para outros serviços de streaming seis semanas após seu lançamento. Isso levou a um processo, já que o rapper foi acusado de fazer “jogada de marketing enganosa”. O processo foi arquivado em 2019, depois que as partes envolvidas chegaram a um acordo não revelado.