Karol Conká se irrita e questiona beatmakers como compositores de músicas

Escrito por Vinicius Prado 04/05/2021 às 16:42

Foto: Divulgação
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Karol Conká se irritou após produtores dos seus principais hits não autorizaram a veiculação das faixas no documentário

“Sinceramente, eu vou atrás dos meus direitos, porque a música é minha. Quem convidou essas pessoas para fazer essa produção fui eu. Eu acho um absurdo não ter liberação de uma música que é minha”, reclama Karol Conká no terceiro episódio da série “A vida depois do tombo”, do Globoplay.

A fala reacendeu uma briga que põe em xeque o papel dos criadores das batidas, os beatmakers. Como a música se torna mais eletrônica no mundo, os criadores dos beats são cada vez mais reconhecidos como coautores das músicas, não só produtores.

Mas, no Brasil, o status de autor, que rende fatia maior dos direitos autorais, é bastante questionado. Ele foi um dos pontos da grande briga por “Onda Diferente”, parceria entre Anitta e Ludmilla, em que o beatmaker Papatinho acabou ficando só como produtor. Nos hits de Karol foi diferente.

Na série, Karol ficou indignada ao saber que os parceiros de seus maiores hits, o DJ Nave e o duo Tropkillaz, não autorizaram a veiculação das músicas na série. Se o tom geral da cantora no programa é de conciliação após a participação mais rejeitada da história do “BBB”, aqui Karol volta a entrar em confronto.

No entanto, as informações dos créditos das músicas na tela desmentem Karol Conká. Nave e os Tropkillaz são listados como coautores, junto com ela, de “Tombei”, “Lalá”, “É o Poder” e outros hits. Na prática, a música é deles também. Quando diz “quem convidou para fazer as produções fui eu”, Karol tenta colocar os músicos fora da posição de coautores – em que, além de ganhar mais, eles têm o poder de autorizar ou vetar a veiculação das músicas.

Mas tanto Tropkillaz quanto Nave entraram no registro das músicas no entendimento que tem sido mais comum no rap e outros estilos mais eletrônicos da música contemporânea: como coautores. Por isso eles têm esse poder de veto. Nos serviços de streaming, Karol até tirou o nome dos artistas como parceiros em algumas faixas. Mas o que vale legalmente é o registro original da música, no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), onde eles são coautores.

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