Mãe de YNW Melly questiona Justiça dos EUA após anulação de julgamento: ‘9 votos para inocente’

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Julgamento de YNW Melly foi anulado no último final de semana e rapper permanecerá preso.

O rapper norte-americano YNW Melly teve seu primeiro julgamento por duplo assassinato anulado pela Justiça dos Estados Unidos. O juiz do tribunal decidiu cancelar o trabalho após os 12 jurados não chegarem a um veredito. O magistrado determinou que o artista permanecerá preso até que um novo julgamento seja realizado.

Apesar da decisão, a mãe do rapper, Jamie King, afirma que a maioria do júri em seu caso pensou que seu filho era inocente. Pelo menos foi o que ela afirmou em sua conta no Instagram, no sábado (22). De acordo com King, nove dos 12 jurados no julgamento do rapper acreditavam que ele não era o culpado pelo crime imputado.

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Ela também afirmou que YNW Melly – que foi acusado de matar seus dois amigos, Anthony D’Andre Williams (YNW Sakchaser) e Christopher Jermaine Thomas Jr. (YNW Juvy), em outubro de 2018 e tentar encenar suas mortes como um tiroteio – logo seria libertado da prisão. “9 votaram por inocente e 3, por culpado, e o julgamento foi anulado. Meu filho logo estará em casa. Deus ainda está trabalhando”, escreveu ela.

Jamie King está se referindo ao impasse do júri – que é aquele que não consegue chegar a um veredicto pela margem de votação exigida, apesar de seus melhores esforços. De acordo com a Universidade de Direito de Cornell, os juízes farão todos os trabalhos para evitar um impasse do júri, mesmo que seja necessário “forçar” os jurados a chegarem a um veredicto.

Existem duas fases para um julgamento de assassinato em primeiro grau – como o julgamento de YNW Melly – no estado da Flórida. A primeira fase é a de julgamento e requer uma condenação unânime antes que possa ser encaminhado para a fase de penalidade. Na fase da pena, oito ou mais jurados devem se pronunciar a favor da pena de morte para que a sentença seja proferida.

Mas mesmo assim, de acordo com o Centro de Informações sobre a Pena de Morte, a sentença fatal não é garantida. O júri deve decidir por unanimidade que “pelo menos um fator agravante no estatuto existe no caso. Caso contrário, o réu não é elegível para a pena de morte”, explica a entidade. Além do mais, mesmo que um júri recomende a pena de morte, ela deve ser aprovada por um juiz antes que a sentença de morte seja finalmente imposta.

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