Mais de 6.500 trabalhadores imigrantes morreram em obras da Copa no Catar desde 2010

Casos de trabalhadores em condições sub humanas estão sendo expostos diariamente

Cada vez mais próxima de acontecer, a Copa do Mundo de 2022 está no centro de uma denúncia.. O jornal britânico The Guardian publicou que ao menos 6,5 mil trabalhadores imigrantes morreram no Catar desde o início das obras para sediar a competição de futebol. Segundo o diário, mesmo alarmantes, os números ainda podem ser maiores devido à subnotificação de casos que já ocorrem há uma década.

Em entrevista para 15 jornalistas de dez países diferentes, o presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de 2022, Nasser Al Khater, falou sobre temas delicados da preparação para um dos principais eventos esportivos do mundo. Segundo Nasser Al Khater, o número exato é de apenas três mortes, o que para ele comprova o “jornalismo irresponsável do The Guardian.

“Eu posso te dizer os fatos: são três fatalidades com mortes de trabalhadores envolvidos no projeto da Copa do Mundo. Três trabalhadores tiveram incidentes. Ao The Guardian ou qualquer outro meio que tenha difundido as notícias de 4.000 ou 6.500 mortes nos estádios, temos a posição consistente de que estes números são falsos e não os reconhecemos. Nós pesquisamos e temos segurança em dizer que os números não são contextuais, são incorretos”, afirmou.

Segundo com dados divulgados pelas autoridades do Qatar, por ano, morrem em média de 2 mil e 2,4 mil pessoas, sendo cidadãos nacionais ou estrangeiros, que compõem quase a metade da população local, conforme lembra a OIT.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), em relatório publicado hoje, desmentiu as informações de que 6,5 mil migrantes morreram no Qatar durante as obras de construção de estádios da Copa do Mundo de 2022. A quantidade, segundo a agência, “nem sempre foi colocada em um contexto adequado”.

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