Mano Brown revela que a fome fez ele começar carreira no Rap

Escrito por Felipe 26/06/2020 às 08:00

Foto: Divulgação
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Brown também relatou a violência que ele foi exposto quando ainda era criança.

Na última quarta-feira o rapper Mano Brown e o médico Drauzio Varella fizeram uma live no Youtube aonde conversaram sobre diversos temas. O médico começou revelando que tem uma cópia do clássico álbum “Sobrevivendo no Inferno” e que esse foi um dos discos que ele mais ouviu na vida. Dr. Drauziu então questionou como era a vivencia do rapper do Capão Redondo e o Brown revelou que  a foma fez ele entrar no mundo do Rap.

“O doutor, essa sobrevivência falava da rua, da vida, são vários infernos… Estava duro, sem dinheiro, não tinha nada. O rap não dava muito, eramos famoso e duro convivendo ali na quebrada”, disse o rapper Mano Brown.  “O que me levou para o rap foi a fome mesmo, eu não tinha nada. Nessa época eu tinha praticamente desistido da vida, eu acho. O rap entrou na minha vida e renasci, como um milagre”, afirmou o cantor. “Doutor eu não tinha nem sonho. Tinha momentos da vida que não dava nem para sonhar”. finaliza.

Em mais de uma hora, Dráuzio conduziu a conversa mostrando ser um grande fã de rap e como bom entrevistador, criou do líder dos Racionais MC’s ótimas frases e opiniões impactantes. Em um momento chocante, Brown revelou que sonhou sobre o fim do mundo um pouco antes da pandemia do coronavírus se espalhar pelo mundo.

Em outro trecho importante, o lendário rapper falou sobre o racismo no Brasil, que segundo ele é o que mata o nosso país. “A mentalidade racista está na cabeça de todos. Cada um no seu lugar de fala. Toda conjuntura é desfavorável. Todos pagam um preço. A leitura de um branco no meio de dois negões é de que ele é a vítima. Que temos que proteger o branco. O Brasil é isso aí.”, começou Brown. “A periferia lida com modo diferente [com o racismo] e até com violência dos EUA. No Brasil, morre muito mais gente daquele jeito. Mas os EUA são uma torre. Repercute. Isso é bom para a raça negra do mundo inteiro”, disse o artista fazendo uma analogia com o caso George Floyd nos Estados Unidos.

Brown também relatou a violência que ele foi exposto quando ainda era criança: “Meu primeiro enquadro foi com 12 anos. Aos 12 tínhamos visto tudo, gente morta, tiros. A violência sempre esteve por perto. Eu tinha medo, tínhamos medo. Crescemos vendo essas coisas, isso era os anos 80”, disse.

Confia a entrevista completa abaixo.

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