A avaliação pediu o uso da linguagem coloquial num trecho de “É Sal”.

O rap tem cada vez mais se tornado um fanatismo entre os jovens brasileiros. Dessa maneira, um dos principais artistas consumidos no país, incontestavelmente, é Matuê. Buscando se aproximar deste público, inúmeros professores vêm utilizando obras do movimento hip-hop. Nos últimos dias, repercutiu mais um caso envolvendo o assunto.

Numa questão de avaliação escolar no Ceará, o trecho da faixa “É Sal“, integrante do álbum “Máquina do Tempo” do rapper fundador da gravadora 30PRAUM, que curiosamente é originado no estado, foi utilizada através do tópico: “O uso da linguagem coloquial pode ser observada no seguinte trecho”. Na sequência, as rimas apresentadas para resposta foram: “É ele que faz a feira“; “E anda com vários do seu lado“; “(…) sempre se arriscando na missão“; “Então se adianta, tu tá interado“; “É o terror do Pirambu“.

Também conhecida como informal, natural ou popular, a linguagem coloquial é formada pela comunicação do dia-a-dia, em que não exige a atenção total da gramática com muitas gírias e palavras não registradas ou que têm diversos significados, algo grandemente presente na música citada, visto que aborda temas e gírias voltadas para a Região Nordeste do Brasil. Portanto, a resposta certa seria: “Então se adianta, tu tá interado“.

Em setembro do ano passado, Mano Brown esteve visitando uma escola para a participação no projeto Felizs Feira Literária da Zona Sul na Praça do Campo Limpo, em São Paulo, com várias atrações gratuitas, como Z’África Brasil e RAPadura. Durante a presença, o rapper paulista, prestigiado por alunos, professores e familiares, cantou a clássica “Vida Loka, Pt. 1“, do álbum “Nada Como um Dia Após o Outro Dia“, de 2002.

 

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