Mc Paiva contou sua versão.

Na noite da última terça-feira, o MC Paiva foi detido durante uma abordagem da Polícia Militar na região de São José dos Campos, no interior de São Paulo, sendo levado para o 3° Distrito Policial da cidade para o registro de um boletim de ocorrência por desacato. Segundo os policiais, era feita uma fiscalização no local quando, então, perceberam a movimentação de um carro conversível que parecia estar sem as placas de identificação.

Ao tentarem iniciar a abordagem ao veículo, o funkeiro teria avançado o sinal vermelho e, em seguida, batido com a viatura. Afirmaram também que avistaram a presença de uma garrafa de bebida alcoólica no carro e, ao solicitarem para que o artista saísse do veículo, seguindo o protocolo para a realização da revista pessoal de colocar as mãos na cabeça, ele reagiu, “fazendo com que os policiais precisassem usar força moderada para contê-lo”. Em registros publicados pela Love Funk Produtora, o MC aparece sendo sufocado pelos joelhos e mãos dos policiais, enquanto tentam detê-lo.

Foto: Reprodução/Instagram

Depois de toda a confusão, Paiva foi liberado durante a madrugada, e agora conta sua versão do caso. Segundo o artista, as coisas não aconteceram dessa forma. Paiva conta que estava buscando uma mulher com quem estava ficando, quando foi abordado pela polícia. Ele afirma que o carro em que estava tem escapamento esportivo e que qualquer reduzida que ele faz, tem um barulho grande e que chama atenção.

O funkeiro relata que enquanto estava saindo do semáforo, um carro da Polícia Militar de São Paulo jogou o veículo na frente dele, fazendo os carros se colidirem levemente. “Depois da colisão eu coloquei a mão na cabeça e falei ‘meu deus’, nessa ele já desceu com arma apontada e falou ‘desce do carro’ eu desci com a mão na cabeça e falei ‘não precisava fazer isso, era só me pedir para parar”.

Paiva afirma que então tomou uma rasteira e caiu no chão e começou a ser pisoteado enquanto era algemado. O funkeiro foi levado para o IML para fazer testes de drogas e álcool, mas não foi encontrado nada. Ele afirma que os policiais deram o depoimento dizendo que ele estava embriagado, mas o exame do IML comprova que não tinha álcool no corpo. “Não apoio esse tipo de abordagem, sou contra, mas não tenho nada contra a polícia militar, mas o que vocês fizeram comigo não foi certo”.

O advogado do funkeiro, Marco Antônio Pereira de Souza Bento, também falou sobre o ocorrido. “Como patrono do Davi Paiva e no monopólio da última palavra, diante o ocorrido em consonância a prerrogativa constitucional, destaca-se deixar consignado a oitava, que ensejou na representação a agressão imposta, o abuso de autoridade, usando força física excessiva e rígida na região do pescoço e cabeça, onde poderia ter causado asfixia ao meu cliente e quedando-se no risco eminente de vida… Insustentável e degradante a imposição do estado, haja vista que o mesmo não apresentou prática evasiva no momento da ‘abordagem’, tampouco reação”, relatou Marco Antônio.

O funkeiro vem passando por uma difícil situação com a sua mãe, que vem há um longo tempo pedindo para ele alguns apartamentos e um carro, com tom de ameaça, dizendo: “Se por um acaso não der, consequências vão vir”. Através de seus stories no Instagram, o artista fez diversos desabafos sobre o caso, expondo até mesmo as trocas de mensagens. “Está mexendo emocionalmente comigo e profissionalmente, atrapalhando a minha carreira. Amo minha mãe do fundo do meu coração, ela pra mim é tudo, só que a fama, o dinheiro e minha carreira mexeu mais com ela do que comigo. Infelizmente minha coroa tá fora de si postando algumas coisas na internet para tentar acabar com a minha carreira. Eu nunca imaginei passar por isso, porque eu sempre tento colocar ela em primeiro em tudo”, disse ele.

 

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