Batida passou por diversos nomes antes de ficar com Kendrick Lamar.
Em entrevista para a revista People, o renomado produtor Mustard revelou a fascinante jornada do beat de “Hey Now”, que passou pelas mãos de vários artistas antes de encontrar seu destino com Kendrick Lamar. A história do beat, criado em 2019, demonstra como algumas das músicas mais icônicas podem nascer de uma mistura de persistência e timing.
“Sabe o que é loucura, cara? Quando eu fiz essa batida, foi a última do dia, e eu não estava tão animado. Tem vezes que você sente que algo vai ser louco e ninguém gosta. E ‘Hey Now’ foi uma dessas. Eu tinha feito ela sozinho, tentando criar uma versão da Costa Oeste de ‘Grindin’’. Por isso que é tão vazia e tem sons estranhos,” explicou Mustard.

Apesar de sua convicção, o beat inicialmente não encontrou uma casa. Mustard tocou a faixa para YG, acreditando que ele poderia fazer algo grande, mas o rapper não se conectou com a ideia. Depois, foi a vez de Quavo, que respondeu com descrença: “O que você quer que eu faça com isso? Sussurre na batida?” Até mesmo Ty Dolla $ign experimentou o beat, mas o resultado final nunca pareceu satisfatório.
Foi apenas ao mostrar a batida para Kendrick Lamar que as coisas finalmente clicaram. “Eu lembro que disse: ‘Cara, eu tenho uma batida muito estranha, mas eu realmente amo isso.’ Assim que mandei, ele respondeu, ‘Ah sim, eu tenho.’” Segundo Mustard, Kendrick imediatamente viu potencial na faixa.
No entanto, a experiência de ouvir a música terminada foi uma mistura de emoções. “Quando ouvi ‘Not Like Us’, que veio da mesma sessão, não fiquei tão animado quanto com ‘Hey Now’. Por algum motivo, Kendrick estava mais empolgado com ‘Not Like Us’. Ele disse: ‘Cara, essa m— é loucura.’”
Mustard concluiu sua história compartilhando um pouco de sua rotina atual: “Agora eu mando tudo o que faço. São cinco batidas por dia, às vezes mais. E eu fico tipo: ‘OK, quero mandar algumas batidas para o Travis [Scott].’”
No final, “Hey Now” encontrou o artista certo em Kendrick Lamar, provando mais uma vez que paciência e conexão são fundamentais no mundo da música.




