Naldo Benny afirmou que ser um artista relevante comercialmente na atualidade é fácil, basta pagar.
A indústria musical brasileira, nos últimos meses, tem passado por uma grande reformulação. Diante da cada vez mais chegada de novos artistas e tendências, o cenário encontra-se numa relevante crescente comercial, com os projetos e seus autores conquistando expressivos e impressionantes números nas redes sociais e plataformas de streaming.
Um dos principais representantes dos gêneros funk e pop no país, Naldo Benny, que possui uma reconhecida carreira musical nacionalmente, vem repercutindo grandemente na internet com diversas afirmações e histórias polêmicas suas, seja sobre a atualidade ou o que, ao longo de sua trajetória, passou ou observou. Através de uma recente participação no Flow Podcast, ele comentou sobre a indústria musical do Brasil.
“O número, hoje, é mole. O número, hoje, a gente bota o número que quiser, pô. É só botar dinheiro, pô. A música, hoje, virou número. Só que, mano, eu não sou dessa fase, eu não sou dessa época. Só que a música, hoje, se você quiser ter cinquenta milhões de seguidores, você pode ter, pô. Se você quiser que sua música bata o top 1 no Spotify, vai bater, pô. Tem alguma mentira pra isso?”, iniciou.
“Alguém não sabe disso? Alguém tá desabiado disso? Ou eu tô contando alguma novidade? Se ninguém sabe disso, eu vou dizer pra vocês: o sucesso, hoje, é número e isso é uma porcaria. Por que? Porque se você quiser que sua música seja primeiro lugar no Spotify, no YouTube, seu Instagram seja estourado, é só pagar. É só pagar, essa é a verdade. Porquê é que grandes artistas não saem do topo de número um?”, questionou.
“Porque o cachê dos caras é trezentos, quinhentos mil; os caras pegam um cachê desse no mês e empurram numa faixa, são quinhentos reais de divulgação em cima de uma faixa. Quem é um artista independente ou quem é um artista que tá começando que não tem quinhentos mil reais, a música dele vai bater que porra de posição? Se ele não tem quinhentos mil pra botar na música dele”, afirmou.
Na sequência, o MC e dançarino carioca continuou o pensamento a respeito daqueles que têm e os que não têm possibilidade de investimento em suas respectivas artes. “O cara que tem quinhentos mil, ‘eu sou o melhor e maior do Brasil’. Eu tô botando quinhentos conto numa faixa, mano. Não venha me dizer que é engajamento, que é porque o cara tem uma postura correta na internet, que é porque… Vai tomar no cu! Não é isso!”, finalizou ele, que recentemente disse que utilizou da fama de mentiroso para alavancar sua carreira na música.
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