Negra Li revelou que fez uma nova versão da clássica colaboração com Helião.
Grandes nomes do rap nacional estiveram gravando a próxima edição do programa Som Brasil, com o apresentador Pedro Bial, nesta semana nos Estúdios Globo. O episódio conta com a participação do Poesia Acústica – o maior projeto do cenário -, da gravadora Pineapple Storm, e será exibido no dia 26 de novembro.
O RAPMAIS esteve prestigiando a gravação e, em entrevista exclusiva com Negra Li, comentou sobre o que a ícone do movimento hip-hop brasileiro vem preparando para o público. A rapper explicou que está trabalhando em um novo álbum, e fez uma revelação inédita.
“Vai ter ‘Olho O Menino 2.0’. É uma música que eu amo, que o Helião compôs e a gente gravou no [álbum] ‘Guerreiro, Guerreira’ [em parceria entre os dois em 2004], e estou fazendo, agora – já fiz, né… uma participação mais do que especial, que vocês vão amar”, disse a artista paulista.
“E conta a história do menino. Como que ficou esse menino, né?! De 2004 pra cá”, concluiu Negra Li, que também abordou o seu processo de lançamentos. “Tenho feito alguns lançamentos e, desde o meu último lançamento, que foi em 2018, pra experimentar”, inicia.
A cantora, compositora e atriz de 45 anos de idade aborda ainda as mudanças que ocorreram. “Teve coisas que eu falei: ‘nossa, como seria? Como ficaria? Como seria um clipe assim?’. E fui lançando… Mudei de empresário e muita coisa aconteceu da pandemia pra cá, então, meu álbum foi tomando várias formas”, explica.
“Agora, ele tá com a forma que tem que ser e só posso adiantar pra vocês que é muito rap que vai ter, e participações muito legais, assim, feats. muito bacanas. […] De resto, vocês esperem que no ano que vem… Era pra ser esse ano, mas tô aprimorando mais… Acho que eu mereço esse cuidado, assim, ter esse tempo”, reflete.
Negra Li opina também sobre o aumento das demandas na cena. “Que as coisas são tão aceleradas… Eu vim de uma outra época, onde as coisas eram lançadas de quatro em quatro anos e eu não vou me entregar a esse estilo, essa coisa, essa velocidade”, afirma.
“Faço músicas pra durar, então falei assim: ‘quer saber? Vou parar de querer entregar nessa mesma velocidade que essas pessoas estão. Vou me respeitar, vou respeitar a forma com que eu gosto de trabalhar e que dá certo pra mim’. Entendeu?!”, acrescenta.
“Músicas que fazem história, que falam com o público que me colocou aonde estou hoje. Então, tô muito feliz por isso. Tô mais madura também. São tempos diferentes, pensando diferente… Tenho certeza que vocês vão amar, aguardem”, finaliza a rapper.
O “Som Brasil apresenta Poesia Acústica” recebeu Azzy, MC Cabelinho, Lourena, Delacruz, MC Hariel e Xamã, na entrevista com Bial, além de Negra Li, Vitão, Projota, Chris Mc, MV Bill e Budah, que se juntaram na apresentação de algumas músicas do projeto da Pineapple.
A direção artística é de Gian Carlo Bellotti, direção de Dudu Levy, roteiro de Marília Juste, e produção de Anelise Franco e Nathália Pinha. A direção de gênero é de Monica Almeida.