Dinheiro pro rap é inspiração, é meta, é motivo de matar ou morrer, corrompe e marca diversas, uma hora ele liberta e outro aprisiona, mas por que é tão diferente de um lugar pro outro? No Brasil vemos uma corrente ou outra, nos Estados Unidos temos correntes enormes com diamantes que valem uma casa, aqui uns ostentam um carro mesmo sem ter e lá basta fazer um hit pra andar de Ferrari, falta patrocínio. No Brasil é mais difícil fazer rap?

 

Sid, Raffa Moreira, Jé Santiago podem até fazer grana, usarem marcas caras e parecerem bem nos video-clipes, mas não fazem a grana de Lil Pump, Trippie Redd OU 6IX9INE. As letras as vezes se aproximam, ainda que os brasileiros ostentem nós todos sabemos que não será tão verdadeiro, talvez por estilo ou talvez falta de grana, mas não estamos acostumados à dentes repletos de diamantes por aqui. Lil Yatchy garante bolsas milionárias, aqui Haikaiss implaca seu estilo e turnês mas não os vemos muito pelas rádios. O que acontece pra tanta diferença?

Primeiro temos valorização à arte, sabemos que o pais vende o de massa, o que for mais parecido com o que esta bombando, e este nem sempre é o caso do Rap. Nos estados unidos não temos o Funk, pelo menos nossa versão dele, la são os rappers que falam do corpo, da dança, da festa e também do dinheiro, da sociedade e afins. Lá há respeito pelo trabalho, não só “agora tal mc ta pop”, “ganhou dinheiro e perdeu essência”, la se reconhece o que é feito e mesmo que Gucci Mane pague milhões em bolo, sabem sua importância pra musica.

 

 

Quanto mais oportunidade, mais visibilidade e mais chance de crescer. É preciso saber usar esse espaço, usar esse dinheiro. Como J.Cole insiste, é preciso escolher sabiamente pois terá consequência. Não é feio pra Raffa Moreira pegar ônibus nem feio pro Emicida gastar com terno, nem Kendrick deveria ostentar mais ou Drake por dente de ouro. O Rap vem da dificuldade, da grana e da falta dela, cada um faz por merecer, do jeito que da.