Rashid expos sua visão sobre as eleições com exclusividade ao RAPMAIS.
As eleições para elegermos Presidente, Governador, Senador e Deputados estão chegando. Pensando nisso, decidimos conversar com grandes nomes do Rap Nacional para que eles possam expor suas visões sobre o cenário politico atual, as eleições e o envolvimento da cultura hip-hop nesse processo tão importante para o futuro de nosso pais e cidades. Nosso primeiro convidado é o rapper Rashid.
Para presidente, a última pesquisa XP/Ipespe traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 43% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 35%. Depois aparecem Ciro Gomes (PDT), com 9%, e Simone Tebet (MDB), com 5%. Felipe D’Avila (Novo) tem 1%.
O Hip-Hop é uma das culturas contemporâneas mais politizadas. Nascido nos guetos, é conhecida pela combinação entre arte e protesto social, em especial contra o racismo e a desigualdade social. Então já podemos ver que a cultura. não só tem riqueza de sua dimensão artística, mas também por sua grande penetração junto à juventude periférica.
Em uma entrevista para o RAPMAIS, o rapper Rashid falou sobre a atual situação política do Brasil e também falou sobre como as pessoas que estão inseridas na cultura hip-hop podem e devem se posicionar hoje, um mês antes das eleições..
“O hip-hop é uma ferramenta que não importa o quanto as pessoas queiram ou insistam, não existe a possibilidade do hip-hop não ser político. O hip-hop é político pelo o que ele representa. Quando a gente fala isso não é sobre um partido ou pessoa, mas sim de que é sobre a historia”, começou.
“Num momento como esse é que os artistas e adeptos devem se posicionar, pois nós já nascemos posicionados. Quando escolhemos o rap, o break, o grafite ou ser DJ, a gente já faz uma posição política. A gente tem que ter consciência disso”, afirmou o rapper.
Para finalizar, Rashid disse que apesar de não ser sobre pessoas, existe um candidato que vai contra todos os princípios da cultura hip-hop:
“Não existe a possibilidade do hip-hop apertar a mão de um cara como o Bolsonaro. Quem faz parte da nossa cultura e concorda com o que ele faz e fala, não entendeu nada do que é o hip-hop”, disparou.
