Diferentemente do que normalmente é pautado, Rodrigo Ogi afirmou que as novas gerações do hip-hop devem ser “acolhidas”.
Nas últimas décadas, principalmente nos últimos anos, diante da expansão comercial do gênero, o público do rap tem aumentado expressivamente. Com isso, inúmeras críticas têm se instaurado às novas gerações que consomem e participam da cultura.
Através de recentes publicações em seu perfil no X, um dos grandes ícones do hip-hop nacional, Rodrigo Ogi comentou sobre o assunto. “Não dá para ficar bravo com o jovem que conheceu o rap de dez anos para cá ou com o que conheceu o rap hoje”, afirmou.
“A gente tem que acolher, trocar ideia e mostrar que a roda foi inventada há cinquenta anos; incentivar a pesquisa. Vejo vários ‘especialistas’ em rap falando bobagem com propriedade. Não conhecem flows, estilos, grupos, história”, refletiu o rapper.
“Só conhecem o que veio depois que eles descobriram o rap. A cara é não apedrejar ninguém por isso e sim incentivar a pesquisa e, se possível, mostrar os caminhos”, acrescentou o artista paulista, sendo concordado por outros relevantes nomes como MC Marechal.
Autor de clássicos como “Crônicas da Cidade Cinza”, Ogi vem do lançamento do álbum “Aleatoriamente“, produzido por Kiko Dinucci, com ritmos contemporâneos do Brasil e transcendendo a criatividade em ambos os aspectos.
Com participações de Juçara Marçal, Russo Passapusso (Baiana System), Siba, Tulipa Ruiz e Don L, o disco desafia as normas de composição, flow e narrativa dentro do rap nacional, mantendo a tradição do gênero desde a década de 1990.
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