Royce Da 5’9″ explica por que mesmo os “maiores” artistas de hoje nunca serão capazes de capturar o que 50 Cent trouxe para o jogo com”Get Rich Or Die Tryin”
A era do streaming está bem encaminhada, mas muitos dos artistas mais amados do jogo atingiram a maioridade em uma era em que a música era consumida de uma maneira totalmente diferente. Para eles, comprar cópias físicas de álbuns nas lojas era parte integrante do processo e, quando um certo projeto estava dando certo, era quase impossível escapar disso. Para Royce Da 5’9 os álbuns daquela época tinham uma energia que simplesmente não está presente nos dias de hoje.
“Get Rich Or Die Tryin do 50 Cent era tipo, energia e números ao mesmo tempo”, ele reflete com a HNHH, falando sobre a paisagem quando ele estava chegando. “Você ouvia isso em todas as lojas andando no shopping. Você ouvia em todos os carros nos semáforos e coisas assim. Agora, você poderia fazer os mesmos números, um milhão na primeira semana, e nunca ouvir por ai! É loucura. Mas você sabe de uma coisa, vai ser um milhão na primeira semana, não porque um milhão de pessoas saíram e compraram, mas porque você tem uma certa base de fãs que gosta de música de uma certa maneira que ganha mais números.”
“Você está falando de uma conversa totalmente diferente”, continua Royce. “Você não está falando sobre aquele que é o maior artista agora. Esse não é o maior artista agora. É um grande artista agora. Mas não era isso que 50 Cent era com Get Rich Or Die Tryin. É quase como se isso fosse do passado agora. Então, você pode ver dessa forma ou não.”
Aqueles que conseguem se lembrar do jogo quando 50 Cent liberou Get Rich Or Die Tryin podem atestar sua onipresença. Em sua primeira semana, a estreia de Fif vendeu 872.000 cópias físicas, tornando-se a maior estreia da história do hip-hop. Na semana seguinte, o clássico vendeu 822.000 cópias adicionais, dando a 50 sua primeira placa de platina em exatamente quatorze dias.
Mesmo aqui no Brasil, você não poderia ir a lugar nenhum sem ouvir um dos singles do álbum, seja “In Da Club”, “PIMP” ou “21 Questions”. É interessante olhar para trás e ver o que 50 Cent realizou e comparar com os álbuns número um de hoje.