Além de experimentar as “reviravoltas” desorientadoras, Biles estava de luto.

Enquanto críticos como Piers Morgan usavam suas plataformas para condenar Simone Biles por não participar de quatro eventos olímpicos, foi recentemente revelado que a tia da campeã morreu enquanto ela estava em Tóquio. Biles está no topo de seu jogo há anos e foi pioneira nas Olimpíadas de Tóquio, então foi um choque quando ela decidiu não competir em várias finais por motivos de saúde mental.

Milhões de americanos recorreram às redes sociais para expressar seu apoio durante os momentos difíceis e, embora a maioria não entendesse o motivo pelo qual Biles recuou, seu treinador recentemente deu uma ideia. Biles voltou para a competição para a final da trave, onde ela rendeu aos EUA uma medalha de bronze.

“Tivemos muitas lágrimas porque, por mais que estejamos felizes pela equipe dos EUA, na parte de trás, foi um pouco doloroso saber que ela poderia ter estado lá e que poderia, com sorte, ter merecido algumas medalhas também”, disse a treinadora de Biles, Cecile Canqueteau-Landi. “Mas, ela era a melhor líder de torcida. Ela queria estar aqui, ela não foi forçada. Essa era sua própria vontade de estar aqui e ela estava muito orgulhosa de todas elas.”

Biles revelou que durante as Olimpíadas, ela soube que sua tia havia “falecido inesperadamente”. Landi disse que perguntou a Biles “o que você precisa”, e a premiada ginasta pediu “algum tempo”. Isso aconteceu depois que Biles revelou estar sentindo uma condição que causa desorientação para as ginastas no ar. Isso pode causar grandes lesões, pois os atletas que se sentem assim, muitas vezes não sabem onde estão durante os flips, resultando em aterrissagens perigosas.

“Acho que não teria coragem de dizer que não estou bem”, disse Landi. “Acho que provavelmente teria caído em algum lugar e provavelmente me machucado. Acho que, para mim, ela é a primeira em um encontro no maior palco, a dizer ‘Não estou bem’. Muitas pessoas não entendem, mas nós entendemos.”