Vinícius Júnior virou um símbolo do futebol brasileiro dentro e fora do campo
O craque do Real Madrid e da seleção brasileira Vinicius Junior chega ao fim de outubro de 2022 valendo pelo menos oito vezes mais do que há um ano em termos de patrocínios pessoais. De acordo com o site GE, isso sem contar a valorização em mídias sociais e a renovação até 2027 com o Real Madrid que, embora não tenha sido oficialmente anunciada, está selada e coloca o jogador no primeiro escalão salarial do elenco.
No início de outubro do ano passado, o jogador vindo de São Gonçalo somava R$ 5 milhões por ano em patrocínios pessoais. Agora tudo gira em torno de R$ 40 milhões por ano. Ele só não é mais patrocinado pela Dolce & Gabanna. Nike e a Gaga Milano, continuaram com o apoio ao jogador. Fora isso, muitasoutras marcas passaram a patrocinar o jogador neste ano.
Entre elas gigantes como a Pepsi. No staff do jogador, existe a expectativa de que no futuro o atacante do Real Madrid seja o embaixador principal da marca. Além delas, a lista inclui ainda EA Sports, com Vini Jr entre os embaixadores do videogame Fifa 2023, OneFootball, Jet Engage, Royantiz e três empresas das quais o staff do jogador se aproximou estrategicamente em função do trabalho de imagem a ser feito no Brasil.
O objetivo é evitar que a ligação com o Flamengo cause hostilidade nas redes sociais provocada pela rivalidade entre clubes, alçando o jogador a um posto de ídolo nacional. A quantidade de comentários hostis de outras torcidas logo que Vinicius Junior deixou o Flamengo, ainda no início da carreira, já foi considerada um problema. Hoje não mais. Esse trabalho foi estratégico, pois é um problema para atletas que atuam no Brasil ou iniciaram a carreira em grandes clubes do país, segundo Frederico Pena, que lidera o staff de Vinicius Junior. Ele é o CEO da TFM, empresa que faz a gestão da carreira do jogador.
“Isso já mudou naturalmente, a importância dele lá ligada a uma outra camisa, a torcida já enxerga como um atleta da Seleção. Mal comparando, é um pouco o Ronaldo, que saiu na mesma idade. Chega um momento em que não o ligam mais ao Cruzeiro. Ele é visto como o Vinicius do Real Madrid pela importância que atingiu lá. Obviamente ele é Flamengo, não esconde isso de ninguém, mas cada vez menos tem esse link, e o mercado publicitário já não vê isso como problema. Historicamente isso atrapalha jogador de futebol do Brasil a ter contrato publicitário. Pega o Dudu, do Palmeiras, não tem um patrocinador. Por que a partir do momento em que está usando um ídolo do Palmeiras, a marca entende que outras torcidas não verão com bons olhos. Mesmo ídolos históricos, Rogério Ceni, quantas campanhas você viu fazer? O próprio Gabigol até faz, mas pouquíssimo, porque existe sempre esse medo do clubismo”, começou a falar.
“A escolha é sempre por uma postura moderada, como, por exemplo, na final da Libertadores vencida no último sábado pelo Flamengo. Vinicius Junior postou, não esconde seu lado torcedor, mas seu staff bloqueou diversos pedidos de entrevista, inclusive do próprio clube e da organizadora da competição, por não considerar de ‘bom tom’.”, revelou.
O patrocínio com a Vivo, Casas Bahia e BetNacional teve como objetivo colocar o jogador diretamente em contato não somente com um grande número de pessoas, mas com um vasto público das categorias de menor poder econômico. A meta era fazer com que, ao vê-lo em campo na Copa do Mundo, trabalhadores que pouco acompanham futebol, mas acompanharão o Mundial, pudessem reconhecê-lo com a camisa da Seleção.
Ainda há dois patrocínios a serem anunciados, uma marca nacional no próximo dia 11, com valor incluído no total já detalhado, e uma grande marca internacional ainda sem data para o anúncio oficial, mas que já está fechada, e pode fazer o montante chegar perto dos R$ 45 milhões anuais.