Tribunal poderá usar contra Young Thug um depoimento dele sobre o tiroteio contra Lil Wayne.

O rapper Young Thug enfrentou um pequeno revés em seu caso em andamento sob a Lei RICO, que busca enfrentar facções criminosas nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (23), promotores souberam que poderão usar uma antiga entrevista de Thugger sobre o tiroteio contra o ônibus de turnê do também rapper Lil Wayne.

A decisão, proferida pelo juiz Ural Glanville em 12 de outubro, determina que os promotores do condado de Fulton poderão usar uma longa conversa que Young Thug teve com as autoridades em julho de 2015. A conversa resultou de uma investigação sobre o tiroteio em abril de 2015 no ônibus de turnê de Lil Wayne. Thugger estava sob custódia na época, após ser preso por um incidente não relacionado.

Young Thug nunca foi acusado pelo tiroteio relacionado a Lil Wayne. Sua conversa com as autoridades sobre a situação do ônibus de turnê durou duas horas. Os advogados de Thug tentaram no início deste mês que os resultados dessa conversa fossem declarados inadmissíveis no próximo julgamento sob a Lei RICO de Thug, alegando que a entrevista com a aplicação da lei violou o direito de Thug a um advogado e que as declarações que ele deu “não foram feitas voluntariamente”.

O juiz Ural Glanville discordou. Ele determinou que Young Thug na verdade não tinha direito a um advogado naquela situação, porque, embora estivesse sob custódia policial, ele não havia sido acusado no caso sobre o qual as autoridades o estavam questionando. “Williams não foi acusado e nenhum processo judicial foi iniciado contra Williams em relação ao tiroteio de 26 de abril de 2015 sobre o qual ele foi questionado, este tribunal conclui que o questionamento de Williams não violou seu direito a um advogado”, disse o magistrado.

Na decisão, o juiz Ural Glanville explica que pelo fato de Young Thug não ser acusado pelo tiroteio no ônibus de turnê em Cobb County, seu direito a um advogado ainda não tinha sido estabelecido – e, na verdade, nunca foi estabelecido nunca foi acusado dessas acusações específicas. “Além disso, porque nenhum processo judicial havia sido iniciado envolvendo o incidente de 26 de abril de 2015, este tribunal conclui que Williams não tinha direito constitucional a um advogado em relação a qualquer questionamento sobre aquele incidente.”

O juiz também determinou que Thug renunciou verbalmente aos seus direitos Miranda, o que foi suficiente, apesar de ele não ter assinado uma renúncia Miranda. Esse direito garante ao depoente a possibilidade de ficar calado. O caso RICO da YSL ainda está na fase de seleção do júri. Ele provavelmente se tornará o caso criminal de maior duração na história do condado de Fulton.