Clássico nacional, filme “Cidade de Deus” é adicionado na Netflix

‘Cidade de Deus’ ainda é o segundo filme não-estadunidense mais assistido mundialmente.

Na próxima quarta-feira (15), Cidade de Deus agregará ao catálogo da Netflix. Lançado inicialmente no Brasil em 2002, o filme retrata o crescimento do crime organizado na comunidade homônima do Rio de Janeiro, que foi criada em 1960 e aproximadamente 20 anos depois veio a se tornar um dos locais mais perigosos da cidade. Com um orçamento de R$ 8,2 milhões, foi obtido cerca de US$ 30,6 milhões em receita.

Em 1997, no segundo semestre, foi iniciada a adaptação cinematográfica, que surgiu quando o diretor de cinema brasileiro Heitor Dhalia decidiu presentear Fernando Meirelles com o livro de mesmo nome do Paulo Lins. Produzido por O2 Filmes, Globo Filmes e Videofilmes, e distribuído por Lumière Brasil, Cidade de Deus, dois anos após o seu original lançamento, foi premiado recebendo quatro indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Fotografia. Com isso, é o único nacional até o momento a ter quatro indicações na premiação.

A sugestão de Dhalia foi colocada em prática por Meirelles tempos depois, quando comprou os direitos. Bráulio Mantovani, convidado para roteirizar a obra, traz o protagonista-narrador Buscapé para entrelaçar os personagens e acontecimentos que formam clássico cinematográfico, através de um ambiente muito violento e, na mesma intensidade, servindo como aprendizado para os caminhos a serem traçados na vida, tendo que lidar com muita dificuldade e ilusão.

Fernando Meirelles contou com mais de quatrocentos jovens e adultos em uma oficina de atores feita exclusivamente para o filme, que teve as gravações concluídas em nove semanas, entre junho e agosto de 2001. “Ler Cidade de Deus foi uma revelação. Uma revelação de outro lado do meu próprio país. Eu achava que sabíamos tudo sobre o apartheid social que existiu no Brasil, até ler o livro. Eu percebi que nós, da classe média, somos incapazes de ver o que está embaixo dos nossos narizes. Nós não temos ideia do abismo que separa estes dois países: Brasil e brasil”, conta o diretor.

Os profissionais que escrevem os scripts cinematográficos nos Estados Unidos elegeram Corra! (2017), thriller racial escrito e dirigido por Jordan Peele, como o melhor roteiro do século XXI, até agora. Inclusive, o filme foi vencedor do Oscar de melhor roteiro original. Os membros do Sindicato dos Escritores da América (Writer’s Guild of America) votaram no filme de 2017 como o melhor dos últimos 21 anos, situando-o como o de número um em uma lista de 101 produções.

O brasileiro Cidade de Deus (2002), escrito por Bráulio Mantovani, figura na lista na posição 70. O longa foi indicado ao Oscar de melhor roteiro adaptado na premiação de 2004.

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