Emicida afirma que está trabalhando em novo álbum, mas sem prazo de lançamento.
O rapper Emicida concedeu uma entrevista exclusiva à revista GQ, onde falou sobre sua saúde mental, seu método de criação, próximos projetos e ainda comentou o momento atual do rap nacional.
Emicida é um dos principais nomes da história da cena brasileira. O rapper paulista foi responsável por mudar o mercado fonográfico, abrindo espaço para artistas independentes.
Na entrevista, Emicida diz que o rap possui uma relação forte com samba com o soul, citando a parceria entre Rappin Hood e Leci Brandão, além do elo entre Racionais MC’s e cantores como Tim Maia e Cassiano.
Ao falar sobre o futuro do rap no país, Emicida afirma que o gênero vive um período de transformação e cita movimentos culturais como a Tropicália como exemplo.
“Os movimentos artísticos têm seu momento de alta e de arrefecimento. Houve a bossa nova nos anos 50, mas na década seguinte eram outras coisas, como a tropicália e a jovem guarda. As gerações mudam”, afirma.
Na entrevista, Emicida também falou que está construindo de um novo trabalho, que sucederá o disco “AmarElo“, lançado em 2019. De acordo com ele, o processo de construção é lento e cuidadoso.
“Tempo é a coisa mais valiosa do fazer música, e a indústria está roubando isso de nós. O direito de se demorar em algo, que, na verdade, significa dar atenção e se conectar. A primeira coisa que pensam é que música é sobre criar um som, mas o primordial é saber ouvir.”
“Preciso fotografar um estado de espírito do tempo em que vivo para chegar com uma nova história. Não uso isso como desculpa para dizer que o álbum vai demorar, mas o pessoal precisa exercitar a calma. Vai sair, mas estou sendo cuidadoso. Amarelo não foi o último”, finalizou Emicida.
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