O álbum conta com 13 faixas e pode ser ouvido nas plataformas digitais; fãs puderam ouvir as suas canções em primeira mão, em sua audição.
O estilo musical trap, assim como o Hip-hop e o Rap, ainda é uma cena dominada por narrativas masculinas. Mas a Rapper e beatmaker Kouth está disposta a trilhar o próprio caminho e abrir mais portas para artistas de trap no Brasil. A artista lançou na última sexta-feira (24) o seu tão aguardado álbum de estreia, ao qual ela batizou de “MASK ON!”.
Para celebrar tal feito, Kouth apresentou as faixas do seu novo trabalho em sua primeira performance ao vivo no The Force X. Os fãs da trapper puderam apreciar o seu mais recente álbum. O material conta com 13 faixas e pode ser ouvido e compartilhado em todas as plataformas de streaming.
Kouth não é uma artista de um ritmo só. O seu repertório engloba e acolhe com muita maestria gêneros como Rage, Rock, Jersey club e Drum & Bass. “ Amo música. E mais ainda: fazer música. Ao longo do meu processo criativo, me sinto disposta e aberta a explorar inúmeras referências e sonoridades além do trap, assim como já faço com o rock, mas nunca escanteando o que me trouxe até aqui. Mas é incrível se ver imersa em tantas possibilidades e sons”, destaca a cantora.
A trapper também destaca o processo criativo de compor e escolher os “Beats” (em tradução literal, batidas) para as suas músicas. Ela destaca, inclusive, que o processo é de muita introspecção, mas essencial para uma autocompreensão sobre o seu papel como artista
“Venho trabalhado nesse álbum há uns 2 anos. Durante o processo, separei as melhores waves, faixas que têm um valor sentimental pra mim não só nos beats como nas letras e cada momento que elas representam. Posso dizer que estive presente na produção de 80% das beats do álbum, que diz muito sobre mim e como absorvo meus sentimentos, a arte, e, por fim, em como as pessoas possam vir se identificar”, comenta.
Além da dificuldade em se manter ativa e coerente quanto à sua arte. Kouth também menciona das dificuldades de ser uma artista independente, cujo cenário ainda é predominantemente masculino.
“Enquanto mulher que se coloca como artista, preciso provar o meu valor mil vezes mais. É cansativo; predatório, eu diria. A forma que tratam as mulheres em todas as áreas artísticas é bem precária e desrespeitosa, mas é uma frustração que já aprendi lidar, então não há outro caminho senão ser honesta com o meu processo e a minha arte”, pontua.