Série da Netflix, “Ladies First”, contém a presença de vários nomes importantes do rap.
A aguardada série documental da Netflix, “Ladies First: A Story of Women in Hip-Hop”, chegou à plataforma de streaming nesta quarta-feira (9). A produção narra o papel crucial das mulheres na formação do hip-hop e contextualiza a história da música, a partir do ponto de vista de várias artistas entrevistadas ao longo dos quatro episódios.
Os episódios também demonstram como o gênero evoluiu ao longo dos anos e algumas das dificuldades dessas mulheres na indústria da música. Elas falam sobre importância de escrever suas músicas, ganhar respeito, apropriação cultural, positividade corporal, sexualidade, feminismo e muito mais. Além disso, vemos como todos as artistas se apoiam.
A produção apresenta muitos artistas de hip-hop, incluindo Queen Latifah, MC Lyte, Rah Digga, Sha-Rock, Remy Ma, Saweetie e vários outros nomes importantes da história. O documentário também fala com outras mulheres que trabalham nos bastidores e que também são destacadas, como produtoras, estilistas, jornalistas etc.
Um artigo publicado no The Guardian sobre “Ladies First” destaca o papel da diretora, Hannah Beachler, que anteriormente atuou como designer de produção em filmes como “Pantera Negra”. “O rap feito por mulheres é muitas vezes reduzido a um cânone de dois nomes: Nicki Minaj e Cardi B. E embora ambas as rappers apareçam com destaque em imagens de arquivo, Beachler os estabelece com razão como parte de uma linhagem forte, longa e subestimada, destacando as vozes de progenitoras menos conhecidas”, diz a análise.
Segundo a matéria, a série documental da Netflix também explora a maneira como as mulheres geralmente recebem contratos piores e os incidentes de violência que as mulheres enfrentam na indústria. Além disso, cada episódio é organizado tematicamente em vez de cronologicamente. “O documentário tende a fazer com que os obstáculos enfrentados pelos rappers pareçam incidentes isolados que foram tratados e superados rapidamente, em vez de barreiras sistêmicas”, aponta a crítica.
Apesar de ostentar talentos históricos na série, os fãs expressaram suas queixas em relação à ausência de Nicki Minaj e Missy Elliott. De acordo com um dos produtores do documentário, elas negaram a Netflix a oportunidade de licenciar sua música no programa, o que impediu que pudessem contar suas histórias nos episódios.
