Nicki Minaj cancela show na Arabia Saudita para apoiar causa LGBTQI+

Escrito por Fellipe Santos 10/07/2019 às 09:25

Foto: Divulgação
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Nicki pensou melhor e tomou a decisão mais correta.

Nesta terça (09), Nicki Minaj anunciou uma mudança de planos em sua agenda após um pedido dos fãs e da Fundação Mundial dos Direitos Humanos. Em comunicado à agência Associated Press, a cantora disse que não se apresentará na Arábia Saudita para apoiar a luta pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQI+.

De acordo com a AP, Nicki teria um show no próximo dia 18. No entanto, a rapper repensou essa apresentação. “Após cuidadosa reflexão, eu decidi não mais seguir em frente com meu show agendado para o Jeddah World Fest”, explicou a artista no informe.

Apesar de seu desejo de estar presente e de agraciar os fãs com seus grandes hits, Minaj acreditou que essa seria a melhor decisão. “Enquanto eu não quero nada mais do que trazer um show aos meus fãs na Arábia Saudita, depois de me educar melhor sobre essas questões, acredito que é importante para mim deixar claro meu apoio aos direitos das mulheres, à comunidade LGBTQ+, e à liberdade de expressão”, concluiu ela.

Na semana passada, a “The Human Rights Foundation” também pediu para que a cantora e outros artistas deixassem de se apresentar no festival. E hoje, eles comemoraram a decisão: “Estamos gratos por Nicki Minaj por sua inspiradora e atenciosa decisão de rejeitar a tentativa transparente do regime saudita de usá-la como um truque para suas relações públicas”.

“O ponto de vista moral de Minaj difere de celebridades que no passado escolheram forrar seus bolsos com milhões de dólares e ficar ao lado de governos ditatoriais, enquanto opostas às comunidades oprimidas e aos ativistas dos direitos humanos aprisionados”, elogiou a fundação.

Na Arábia Saudita, muitos restaurantes, cafeterias, escolas e universidades públicas ainda reforçam a segregação de gênero entre homens e mulheres. Apesar disso, outras regras já afrouxaram com o tempo, com mulheres podendo dirigir agora, e comparecer a arenas esportivas. Mas ainda há muito a se mudar, principalmente após relatos de tortura na detenção de ativistas dos direitos das mulheres.

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